Exportação de gado vivo do Brasil alcança quase 500.000 cabeças, mesmo sem TurquiaEssa movimentação ocorre após o rebanho bovino dos EUA cair para 86,7 milhões de cabeças no início de 2025, o menor número para o período desde 1951, segundo dados oficiais. A queda drástica foi resultado de seis anos consecutivos de redução, agravados pela seca prolongada e pelo alto custo da ração. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});A escassez de gado obrigou os EUA a importar mais carne bovina de países como Brasil e Austrália. No entanto, medidas recentes do governo Donald Trump podem alterar esse cenário:
Seca dá trégua e EUA iniciam corrida para reconstruir rebanho bovino
Após o colapso histórico, o clima mais favorável e expectativas de mercado impulsionam pecuaristas, mas recuperação total do rebanho bovino dos EUA deve levar anos
Após o colapso histórico, o clima mais favorável e expectativas de mercado impulsionam pecuaristas, mas recuperação total do rebanho bovino dos EUA deve levar anos Após anos de seca severa que devastaram pastagens e elevaram os custos de alimentação, pecuaristas norte-americanos começam, de forma cautelosa, a reconstruir o rebanho bovino. Em estados-chave como Nebraska, Dakota do Sul e Texas, produtores estão retendo novilhas e adquirindo novas matrizes, sinalizando um ponto de virada no setor. Produtores em diferentes estados norte-americanos têm ampliado o número de vacas matrizes e retido novilhas para reprodução, aproveitando a recuperação das pastagens com a volta das chuvas. Em regiões tradicionalmente pecuaristas, a estratégia inclui manter mais animais jovens no plantel e evitar o abate, beneficiando-se de um dos verões mais verdes e favoráveis dos últimos anos. Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
Suspensão das importações de gado do México em julho, para impedir a entrada da lagarta-do-novo-mundo. Tarifa de 50% sobre a carne bovina do Brasil, um importante fornecedor para a indústria de hambúrgueres. Essas barreiras comerciais devem pressionar ainda mais a oferta interna no curto prazo, impactando os preços para consumidores e frigoríficos. A escassez de animais fez o preço da carne bovina atingir recordes históricos em 2025, reduzindo a margem de lucro de processadores como a Tyson Foods, que, segundo consultorias de mercado, chegou a perder cerca de US$ 300 por cabeça abatida em alguns momentos. Apesar das perdas, o CEO da Tyson, Donnie King, projeta melhora gradual na disponibilidade de gado nos próximos anos. Para pecuaristas, a expectativa de preços elevados durante o processo de reconstrução serve de incentivo para reter matrizes e investir na produção. Especialistas alertam que o ciclo de expansão é lento. Leva cerca de dois anos desde a retenção das novilhas até que o gado esteja pronto para o abate. Nesse período, a oferta de carne bovina pode cair ainda mais, o que tende a manter os preços elevados.
Em entrevista a Reuters, Jarrod Gillig, vice-presidente sênior da divisão de carne bovina da Cargill na América do Norte, disse: “não está extremamente evidente que já estamos reconstruindo o rebanho, mas há vários sinais disso”. Enquanto a chuva traz alívio e renova as pastagens, o setor segue equilibrando cautela e otimismo. A reconstrução do rebanho nos EUA é uma maratona — e não uma corrida de curta distância —, que dependerá do clima, da economia e das políticas comerciais para se consolidar.
Por: Redação