• Quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Saiba quem é Ligia Bahia, médica processada por criticar o CFM

Professora da UFRJ e especialista em saúde coletiva, Ligia Bahia enfrenta processo por defender evidências científicas na saúde

A médica Ligia Bahia, sanitarista e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é uma das vozes mais respeitadas no campo da saúde pública no Brasil, Ligia foi processada por declarações feitas durante uma entrevista no canal O Conhecimento Liberta (ICL). No vídeo, a médica criticou o apoio do CFM ao uso da cloroquina e a falta de incentivo à vacinação. Ela também questionou o posicionamento da entidade, que tentou Em nota conjunta, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) manifestaram apoio a Ligia Bahia. As entidades destacaram que as declarações da médica refletem consensos científicos amplamente reconhecidos e que a liberdade de expressão é fundamental para o avanço da ciência e da democracia. “Ao buscar puni-la por defender estratégias baseadas em evidências, o CFM se afasta dos princípios básicos da ciência”, diz o texto. Quem é Ligia Bahia? Com doutorado em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a acadêmica tem mais de três décadas de experiência em políticas de saúde, sistemas de proteção social e relações entre os setores público e privado. Ela é conhecida pela atuação como membro da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), instituição que muitas vezes faz frente a políticas excludentes adotadas pelos planos de saúde. “Nossas ações defendem a formulação de políticas essenciais à garantia do direito à saúde; avaliam os tempos de espera e a dignidade do atendimento, as garantias de coberturas, a regulação de preços; os usos e abusos dos planos de saúde privados”, resumiu ela na abertura do 10º Congresso Brasileiro de Saúde Pública, em 2012. Em 2019, Ligia Bahia foi uma das maiores vozes em defesa deles. “Em vários estados, as clínicas de saúde e seus pacientes ficaram sem médicos”, afirmou. Já durante a pandemia, ela foi “A recomendação devia ser o fechamento radical da circulação de pessoas por duas ou três semanas. Devia haver testagem ampla para todas as pessoas que apresentassem sintomas. O isolamento dos que testarem positivo deve ser, de preferência, em outros locais para impedir a transmissão intradomiciliar. Além disso, teria de ter ampliação da rede pública de serviços de saúde”, indicou a sanitarista à época. Siga a editoria de e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
Por: Metrópoles

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