• Sábado, 25 de outubro de 2025

Remédio para enxaqueca pode ajudar a tratar câncer gastrointestinal

Estudo revela que o neuropeptídeo CGRP e seu receptor RAMP1 podem ser pivôs no crescimento de cânceres do trato gastrointestinal

Uma equipe de pesquisadores australianos descobriu que — estão presentes em cânceres gastrointestinais e ajudam a impulsionar seu crescimento, o que sugere novas possibilidades de tratamento com fármacos já aprovados. O estudo foi publicado na última quinta-feira (23/10) na revista A partir de uma investigação liderada pela Universidade La Trobe e pelo Instituto de Pesquisa do Câncer Olivia Newton-John, foi identificada uma via antes pouco explorada: neurônios que produzem CGRP no tecido gastrointestinal parecem colaborar com células tumorais para favorecer seu desenvolvimento. Os tumores de intestino e estômago mostram presença tanto de fibras nervosas que liberam CGRP quanto de receptores RAMP1 expressos nas próprias células tumorais. Quando os pesquisadores do câncer, observaram uma redução significativa no crescimento tumoral experimental. Leia também No trato gastrointestinal existe uma rede nervosa local que se comunica via neuropeptídeos — moléculas mensageiras liberadas por neurônios. A via CGRP/RAMP1 funciona assim: e desencadeia sinais de crescimento, migração ou sobrevivência celular. No estudo, as células tumorais tanto respondem à CGRP quanto produzem CGRP, sugerindo um ciclo de estímulo interno. Como existem medicamentos aprovados para bloquear a via CGRP/RAMP1 (), os autores sugerem que esses fármacos poderiam ser “reutilizados” contra cânceres gastrointestinais. Principais tipos de cânceres gastrointestinais Câncer de estômago: um dos mais comuns no trato digestivo, geralmente associado à infecção pela bactéria Helicobacter pylori e à alimentação rica em sódio e defumados. Câncer de intestino (colorretal): afeta o cólon e o reto. Está ligado ao sedentarismo, dieta pobre em fibras e fatores genéticos. Câncer de esôfago: pode estar associado ao tabagismo, álcool e refluxo gastroesofágico crônico. É de difícil detecção precoce. Câncer de fígado: geralmente surge como consequência de doenças hepáticas, como hepatite B e C ou cirrose. Câncer de pâncreas: um dos mais agressivos e silenciosos, costuma causar sintomas apenas em estágios avançados. Câncer de vesícula biliar: mais raro, costuma ser detectado tardiamente, pois seus sintomas se confundem com problemas digestivos comuns. A possibilidade de reaproveitar medicamentos já existentes acelera a transição para ensaios clínicos — ou seja, esse tipo de descoberta pode reduzir o tempo entre laboratório e paciente. No entanto, é crucial lembrar que o estudo ainda está em fase pré-clínica/experimental, e para uso geral nessa via. Estudos mais aprofundados ainda são necessários para confirmar O próximo passo é investigar se todos os tumores gastrointestinais respondem da mesma forma à via CGRP/RAMP1 ou se há variações por subtipo. Em resumo, o estudo revela que o sistema nervoso local do intestino não apenas participa da digestão, mas pode também alimentar o crescimento de tumores gastrointestinais por meio da via CGRP/RAMP1. Siga a editoria de e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
Por: Metrópoles

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