O Departamento de Estado dos EUA divulgou o Relatório Nacional de 2024 Sobre Práticas de Direitos Humanos para o Brasil nesta 3ª feira (12.ago.2025). No documento, há 5 menções ao caso de assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. O crime se deu em março de 2018.
Há também ênfase no tema da violência policial, que aparece ao menos 5 vezes. Segundo o documento, “a polícia [brasileira] cometeu assassinatos arbitrários ou ilegais” em 2024. O documento cita operações em São Paulo e na Baixada Santista, além de investigações em Roraima e Porto Alegre, envolvendo acusações de tortura e atuação de milícias.
Em relação ao assassinato de Marielle Franco, o relatório destaca que o caso demonstra a violência política no Brasil. O documento aponta que o ato foi “politicamente motivado” e menciona os desdobramentos do caso. Leia abaixo o que foi dito:
MENÇÕES AO CASO MARIELLE
Em 2024, o Brasil registrou 44.127 mortes violentas intencionais, o menor número desde 2011. No entanto, 3,7% delas foram provocadas por ações de agentes de segurança pública, totalizando 1.629 vítimas. O Estado de São Paulo apresentou um aumento significativo, com homicídios por intervenção policial crescendo 61% em relação ao ano anterior. Os dados foram retirados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Eis a íntegra (PDF – 16 MB).
Além disso, a letalidade policial continua elevada em outras regiões. No Amapá, por exemplo, 1 em cada 3 homicídios registrados em 2024 foi causado por policiais. Na Bahia, a proporção foi de 1 em cada 4 mortes. Esses índices indicam uma persistente preocupação com a atuação das forças de segurança no país. Eis o que foi dito no documento dos EUA sobre a letalidade policial no Brasil:
MENÇÕES À VIOLÊNCIA POLICIAL