• Domingo, 30 de março de 2025

Reajuste de preços de medicamentos pode chegar a 5% em abril

Aumento autorizado pela Cmed segue a inflação acumulada de 12 meses e afetará a maioria dos medicamentos regulados.

A partir de abril, os preços dos medicamentos no Brasil vão subir até 5,06%, conforme determinação da Cmed (Câmara de Regulação de Medicamentos), órgão ligado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Esse aumento é baseado no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que calcula a inflação dos últimos 12 meses, até fevereiro de 2025. A Cmed vai divulgar, até 2ª feira (31.mar), quais serão os preços autorizados para o reajuste, que começarão a valer no dia 1º de abril.

Esse ajuste afetará a maioria dos medicamentos com preços regulados no país. No entanto, o impacto do aumento pode variar segundo a concorrência no mercado. Medicamentos com maior oferta, como os genéricos e similares, tendem a ter aumentos menores. Já os medicamentos patenteados ou com poucas alternativas disponíveis podem registrar reajustes mais elevados.

O reajuste médio será de 3,48%. Embora esse valor esteja abaixo da inflação, os preços finais podem variar bastante. Isso se dá porque o reajuste incide sobre o PMC (Preço Máximo ao Consumidor), que define o valor máximo permitido para a venda dos medicamentos.

Lélio Souza, vice-presidente de Soluções para Prática Médica da Afya, diz que muitos medicamentos são vendidos abaixo desse teto, o que resulta em diferenças nos preços praticados pelas farmácias.

“Apesar de o reajuste médio ser de 3,48%, o consumidor pode encontrar grandes variações de preço. Em 2024, por exemplo, alguns medicamentos apresentaram aumentos superiores a 300%. Esse foi o caso da Rivaroxabana, um anticoagulante, que teve seu preço variando até 359% durante o ano”, explica Souza.

Os dados são da plataforma “CliqueFarma”, que compara preços de medicamentos, com base nos menores preços mensais registrados entre farmácias parceiras.

Por: Poder360

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