O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa (Congresso Nacional Africano, centro-esquerda), rebateu no domingo (30.nov.2025) a ameaça do presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano), de excluir o país da cúpula do G20 em 2026, que será na Flórida, em Miami (EUA).
Em seu discurso à nação, Ramaphosa reafirmou o status da África do Sul como membro fundador do grupo e disse que o país “é e continuará sendo um integrante pleno, ativo e construtivo do G20″.
Os EUA boicotaram a Cúpula de Líderes do G20 realizada sob a presidência sul-africana em Joanesburgo, nos dias 22 e 23 de novembro. Trump repetiu alegações, sem provas, de que o governo de maioria negra do país anfitrião persegue sua minoria branca.
Ramaphosa classificou como “desinformação flagrante” as repetidas falas de Trump de que a África do Sul estaria cometendo “genocídio contra os africâneres” –descendentes de colonos holandeses– e confiscando terras de cidadãos brancos.
No dia 26 de novembro, o presidente dos EUA ainda disse que a África do Sul não seria convidada para a próxima cúpula por ter se recusado a entregar a presidência rotativa do G20 a um alto representante de sua embaixada que estava presente na cerimônia de encerramento. Pretória, por sua vez, afirma ter entregado a presidência rotativa a um funcionário da embaixada dos EUA.
Ramaphosa disse que, apesar da crise diplomática, empresas e grupos da sociedade civil dos EUA participaram ativamente de eventos relacionados ao G20 em Joanesburgo, em novembro. “Valorizamos esses laços construtivos e continuaremos a trabalhar dentro da estrutura do G20”, afirmou.





