• Segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Quem é a brasileira indenizada em US$ 81,7 milhões após ser atropelada

Jovem catarinense amputada após acidente no metrô de Nova York vence processo e receberá indenização de US$ 81,7 milhões

A brasileira Luisa Janssen Harger da Silva, de 31 anos, ganhou, na Justiça dos Estados Unidos, o direito a uma , em um acidente que a fez perder um braço e uma perna, ocorrido em 2016. Na época, Luisa tinha 21 anos e estava de férias nos EUA com o namorado. Ao retornar à plataforma da estação Atlantic Avenue–Barclays Center, no Brooklyn, ela desmaiou, caiu nos trilhos e foi que se aproximava. O acidente resultou na amputação de seu braço e perna esquerdos. Ela precisou ficar internada por 24 dias e passou por múltiplas cirurgias e enxertos de pele. Hoje, utiliza próteses. Quase 10 anos depois, o Tribunal Federal do Brooklyn decidiu que a autoridade Metropolitana de Transporte (MTA, na sigla em inglês) – responsável pelo metrô de – deve indenizar a brasileira em US$ 81,7 milhões (cerca de R$ 435 milhões), por negligência. Leia também A defesa de Luisa demonstrou que a agência já tinha, há pelo menos 15 anos, dados que indicavam o risco de quedas nas plataformas, e que havia, inclusive, propostas para instalar porta-barreiras gratuitas, que foram rejeitadas. A Autoridade Metropolitana de Transporte informou que discorda do veredicto e que vai recorrer da decisão. Arquiteta e consultora de acessibilidade Além de sobreviver ao atropelamento no metrô de Nova York, Luisa Janssen Harger da Silva construiu uma trajetória marcada por formação acadêmica sólida e atuação internacional. Ela se formou em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), fez em Tecnologia Arquitetônica na University of Westminster, em Londres, entre 2014 e 2015, e concluiu o mestrado em Arquitetura pela City University of New York (CUNY), em 2020. Atualmente, Luisa vive no Brooklyn e integra o Comitê Técnico de Acessibilidade, responsável por colaborar na elaboração do próximo Código de Construção de Nova York, contribuindo para políticas urbanas mais inclusivas.
Por: Metrópoles

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