• Sexta-feira, 14 de março de 2025

Putin diz que poupará ucranianos em Kursk se eles se renderem

Fala se dá depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, pedir que Moscou evite um "massacre horrível" na região.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta 6ª feira (14.mar.2025) que poupará as vidas dos soldados ucranianos na região de Kursk, no oeste do país, se Kiev pedir que eles se rendam. A fala se deu depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fazer um apelo para que ele evitasse um “massacre horrível” na região.

A Ucrânia negou que seus soldados estivessem cercados e descreveu a afirmação como uma invenção russa, mas o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, chamou a situação de “muito difícil”.

Em uma publicação no Truth Social, Trump disse que havia pedido ao presidente russo que poupasse a vida de milhares de ucranianos que, segundo ele, estavam “completamente cercados” e vulneráveis.

“Eu solicitei veementemente ao presidente Putin que suas vidas fossem poupadas. Isso seria um massacre horrível, nunca visto desde a 2ª Guerra Mundial”, disse.

Putin, dirigindo-se ao seu Conselho de Segurança, disse haver lido o apelo de Trump. Ao mesmo tempo em que acusou as tropas ucranianas de cometerem crimes contra civis que, segundo ele, equivalem a “terrorismo” Putin disse entender o apelo de Trump para considerar questões humanitárias. Kiev nega a fala do presidente russo sobre crimes contra civis.

“Nesse sentido, gostaria de enfatizar que se [as tropas ucranianas] deporem suas armas e se renderem, terão garantia de vida e tratamento decente conforme o direito internacional e as leis da Federação Russa”, disse Putin.

“Para implementar efetivamente o apelo do presidente dos EUA, é necessária uma ordem correspondente da liderança político-militar da Ucrânia para que suas unidades militares deponham as armas e se rendam”, afirmou.

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, o ex-presidente Dmitry Medvedev, publicou nas mídias sociais que a desvantagem para os militares ucranianos era que “se eles se recusarem a depor as armas, serão todos destruídos de forma metódica e impiedosa”.

Por Mark Trevelyan, Maxim Rodionov, Yuliia Dysa e Anastasiia Malenko.

Por: Poder360

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