Premiê britânico: Putin terá que negociar com Ucrânia “cedo ou tarde”
Em cúpula virtual sobre a Ucrânia, primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, afirmou que Putin não terá alternativa às negociações
Na abertura de uma cúpula virtual sobre apoio à , o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, convocou neste sábado (15/3) o presidente russo, , a negociações de paz. Vários países europeus, além da Otan, da Comissão Europeia, do Canadá e da Austrália, participam da reunião.
“Se Putin realmente quer a paz, é muito simples: ele deve parar seus ataques bárbaros contra a Ucrânia e aceitar um cessar-fogo”, declarou Starmer, ao iniciar o encontro, a partir de Londres. Segundo o premiê britânico, o presidente russo terá que aceitar a participar das negociações “cedo ou tarde”.
“Não podemos simplesmente esperar”, disse Starmer. “Devemos continuar a pressionar e a nos preparar para uma paz que deve ser justa e duradoura”, reiterou o líder britânico.
De acordo com o comunicado emitido pelo governo britânico na sexta-feira (14/3), a reunião, que conta com a participação de 25 dirigentes, deve esclarecer a maneira como as nações apoiarão Kiev após a definição de uma eventual trégua. Entre as iniciativas consideradas até o momento, estão o envio de tropas para a manutenção da paz e esforços logísticos.
Mas Putin é resistente à proposta da trégua de 30 dias feita pelo presidente americano, Donald Trump, na última semana. Na terça-feira (11/3), o líder ucraniano, , aceitou participar da pausa nas hostilidades. No entanto, o chefe o afirmou que há “questões importantes” a serem resolvidas antes de um cessar-fogo, fazendo exigências como a rendição das forças de Kiev.
A atitude irritou o premiê britânico, que classificou as declarações de Putin como “um desprezo total”. Segundo Starmer, essa é uma demonstração de que “Putin não leva a sério a paz”.
Bombardeios e combates continuam
A Rússia também afirmou neste sábado ter interceptado 126 drones ucranianos durante a noite, principalmente sobre as regiões Volgograd e Voronej, no sul do país. Já a Ucrânia indicou que derrubou 130 drones russos sobre o seu território na madrugada.
Moscou também anunciou que retomou duas novas cidades russas na região de Kursk, parcialmente ocupada pela Ucrânia desde o ano passado. Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, seus soldados reconquistaram as localidades de Zaolechenka et Roubanchtchina, perto do município de Soujda, reintegrado na quinta-feira (13/3).
Na sexta-feira (14/3), Putin recomendou que os soldados ucranianos que combatem na região de Kursk se rendam. As declarações ocorrem depois que Trump pediu que o chefe do Kremlin poupe a vida de milhares de soldados ucranianos. Segundo o presidente americano, eles estariam “completamente cercados” nesta zona na fronteira entre os dois países.
No entanto, o líder ucraniano contestou essa declaração. “A situação na região de Kursk é evidentemente muito difícil”, admitiu Zelensky na sexta-feira, em entrevista a um grupo de veículos de comunicação. Mas, segundo ele, os soldados ucranianos continuam a lutar de forma “absolutamente heroica”.
“Não há ameaça de cerco às nossas unidades”, garantiram as Forças Armadas da Ucrânia. Segundo Kiev, informações contraditórias estão sendo divulgadas pela Rússia para “colocar pressão sobre a Ucrânia e seus parceiros”.
O exército ucraniano também publicou nas redes sociais neste sábado um mapa que mostra a ida das suas tropas ao oeste da região de Kursk, comprovando que seus soldados continuam em ação.
Por: Metrópoles