• Domingo, 16 de junho de 2024

Pré-Rally estima uma queda de 10,5% na 2º safra de milho em comparação com 22/23

A partir desta semana, o Rally da Safra estará em campo para avaliar as condições das lavouras de milho em quatro estados produtores.

A partir desta semana, o Rally da Safra estará em campo para avaliar as condições das lavouras de milho em quatro estados produtores. Após uma safra 2022/23 marcada por recordes de produtividade, a colheita da segunda safra de milho 2023/24 começa com previsões de uma queda na produção devido à redução de área cultivada e condições climáticas adversas em Mato Grosso do Sul e Paraná. A Agroconsult, responsável pelo Rally da Safra, prevê uma produção de 96,7 milhões de toneladas – uma redução de 10,5% em relação à temporada anterior – com uma produtividade média de 98,8 sacas por hectare, representando uma queda de 7% em comparação com a safra 2022/2023.
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    Nesta semana, seis equipes técnicas do Rally da Safra, agora em sua 21ª edição, irão ao campo para realizar um levantamento detalhado das lavouras da segunda safra em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná. “Este é o momento de avaliar a safra, coletando dados sobre a densidade de plantas, número de espigas, grãos por espiga, peso dos grãos e condições fitossanitárias, entre outros fatores que influenciam a produtividade final”, explica André Debastiani, coordenador do Rally. Potencial de produtividade Embora a safra seja menor, há um bom potencial de produtividade em Mato Grosso e Goiás, o que pode compensar parcialmente as perdas em Mato Grosso do Sul e Paraná, conforme destaca Debastiani. A previsão inicial de um calendário desfavorável para o plantio da segunda safra não se confirmou. A consultoria observa que o encurtamento do ciclo da soja criou uma janela muito favorável para o plantio do milho nas principais regiões produtoras. Em Mato Grosso, grande parte das áreas foi semeada durante um período ideal, com chuvas bem distribuídas ao longo do desenvolvimento. O estado registrou o segundo plantio mais rápido de sua história, ficando atrás apenas da safra 2022/23. Goiás também plantou o milho dentro de uma janela ideal e recebeu chuvas abundantes em abril. De acordo com o levantamento da Agroconsult, 80% das lavouras em Mato Grosso e 65% em Goiás apresentam alto potencial produtivo. Já no Paraná e em Mato Grosso do Sul, apesar de terem conseguido plantar as lavouras em um período mais favorável em comparação com a safra anterior, espera-se que haja perdas devido à seca que prevaleceu em março e abril. “O cenário em Mato Grosso do Sul é, sem dúvida, o mais preocupante. A estiagem afetou toda a região sul do estado, causando danos irreversíveis”, explica Debastiani. Por outro lado, Minas Gerais, Maranhão, Piauí e Tocantins plantaram as lavouras da segunda safra em uma janela com maior risco climático, devido ao atraso na colheita da soja. Com exceção de Minas Gerais, esses estados foram beneficiados pelas chuvas tardias de abril. Área plantada de milho O coordenador do Rally, Debastiani, aponta que as projeções de área plantada são influenciadas por dois fatores principais: o cenário econômico e o calendário de plantio. No início do ano, devido aos altos custos de produção e à queda nos preços, a Agroconsult ajustou a estimativa de área plantada, reduzindo-a em cerca de 1 milhão de hectares. No entanto, em maio, a estimativa foi revisada para 16,3 milhões de hectares, representando uma redução de 3,8% ou 662 mil hectares em relação à safra 2022/23. “O cenário econômico continua desafiador, mas o calendário de plantio foi favorável e incentivou o plantio”, explica Debastiani. Há variações regionais significativas: no Paraná, houve uma redução na área plantada na safra 2022/23, mas um aumento de 10,9% em 2023/24 devido ao calendário favorável. Em Mato Grosso, a área plantada diminuiu 5,5%, e em Goiás, 11,4%. Essas reduções poderiam ter sido maiores se não fosse pelo calendário de plantio favorável. Minas Gerais, Maranhão, Piauí e Tocantins registraram uma queda média de 20% na área de plantio, devido a um cenário econômico desfavorável e um calendário de implantação ruim. Segundo a Agroconsult, outro fator crucial que afeta a produção é o nível de tecnologia empregado, que está diretamente ligado tanto à situação econômica quanto ao calendário de plantio. “O produtor deu prioridade à manutenção de alta tecnologia nas lavouras semeadas dentro do calendário ideal. No entanto, quando o plantio foi realizado em períodos menos favoráveis, houve uma significativa redução nos investimentos, resultando em menos adubações e na escolha de sementes de milho mais baratas”, acrescenta Debastiani. Expectativas estaduais As equipes do Rally da Safra têm a tarefa de ajustar as estimativas de produtividade de cada estado, levando em conta o clima, o calendário de plantio e os investimentos feitos em cada lavoura. As previsões iniciais antes do Rally indicam uma queda na produtividade em todos os estados, com destaques negativos para:
  • Mato Grosso do Sul: 68 sacas por hectare (em comparação com 97,5 na safra anterior);
  • Paraná: 90 sacas por hectare (em comparação com 98 na safra anterior);
  • São Paulo: 77 sacas por hectare (em comparação com 89 na última temporada).
  • Por outro lado, os destaques positivos são:
  • Mato Grosso: 118 sacas por hectare (em comparação com 120,1 na safra 2022/2023);
  • Goiás: 112 sacas por hectare (em comparação com 119 na safra passada).
  • A Agroconsult estima que a produção total de milho (considerando a primeira e segunda safras) será de 123,4 milhões de toneladas, com uma área cultivada de 21,1 milhões de hectares. Escrito por Compre Rural VEJA TAMBÉM:
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  • ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias

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