• Sábado, 2 de agosto de 2025

Portugal e Espanha combatem incêndios mais graves deste verão

Bombeiros lutam para apagar mais de uma dezena de focos

Milhares de bombeiros lutam para apagar mais de uma dezena de incêndios florestais que assolam o Norte de Portugal e o Centro da Espanha durante a noite de terça-feira (29) e nesta quarta-feira (30), na maior temporada de incêndios na Península Ibérica deste verão, após semanas de calor intenso. Em Portugal, o maior incêndio florestal vem devastando a região montanhosa e arborizada de Arouca – cerca de 300 quilômetros ao norte de Lisboa – desde segunda-feira (28), levando ao fechamento das trilhas panorâmicas dos Passadiços do Paiva, uma atração turística popular. Cerca de 800 bombeiros e sete aeronaves de lançamento de água combatem o incêndio. "Houve um esforço enorme durante a noite, então agora temos uma situação um pouco mais calma", disse o comandante da Proteção Civil, Helder Silva, aos repórteres, alertando que ventos fortes e um terreno difícil significavam que seu trabalho estava longe de terminar.

"É um incêndio florestal muito grande em áreas de difícil acesso", disse ele.

Mais ao Norte, próximo à fronteira com a Espanha, um incêndio que começou no sábado segue ativo no parque nacional de Peneda-Gerês, envolvendo os vilarejos próximos em uma fumaça espessa levando os moradores a ficar em casa. Os bombeiros portugueses conseguiram controlar dois grandes incêndios que começaram na segunda-feira nas áreas centrais de Penamacor e Nisa. As autoridades disseram que o incêndio de Penamacor já destruiu 3 mil hectares de floresta.

Espanha

Enquanto isso, na região central da Espanha, na província de Ávila, rajadas de vento inconstantes atrapalham os esforços dos bombeiros e de uma unidade militar especial, segundo os serviços de emergência. Os moradores da vila de El Arenal, cerca de 100 km a oeste de Madri, foram aconselhados a permanecer em casa devido à fumaça. Em Mombeltrán, perto de Ávila, o fazendeiro Blas Rodríguez não conteve as lágrimas enquanto caminhava entre as árvores queimadas de sua plantação de oliveiras.

"Essa terra pertence ao meu pai. Ela foi queimada há 16 anos, mas as oliveiras foram poupadas do fogo... desta vez não há como salvá-las, tudo está completamente queimado", disse ele à Reuters.

Na província de Cáceres, no Oeste do país, o incêndio afetou 2,5 mil hectares, levando os moradores a deixar suas casas na região de Caminomorisco, segundo as autoridades. Verões quentes e secos são comuns em toda a região, mas ondas de calor mais intensas contribuíram para incêndios florestais destrutivos nos últimos anos em meio ao rápido aumento das temperaturas em todo o mundo. Portugal e Espanha tiveram o mês de junho mais quente já registrado. (Reportagem adicional de Emma Pinedo) Relacionadas
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