• Sábado, 19 de abril de 2025

Por que os cavalos dão coice? A resposta vai te surpreender

Embora, em muitos casos, o coice possa ter origem em uma reação instintiva ou até mesmo inofensiva, como ao espantar uma mosca, ele também pode representar um risco real à segurança de quem convive com o animal

Embora, em muitos casos, o coice possa ter origem em uma reação instintiva ou até mesmo inofensiva, como ao espantar uma mosca, ele também pode representar um risco real à segurança de quem convive com o animal Entre os diversos comportamentos naturais dos cavalos, o ato de coicear é um dos que mais despertam atenção — e preocupação — entre tratadores, cavaleiros e apaixonados pelo mundo equestre. Embora, em muitos casos, o coice possa ter origem em uma reação instintiva ou até mesmo inofensiva, como ao espantar uma mosca, ele também pode representar um risco real à segurança de quem convive com o animal. A força de um coice pode causar acidentes sérios, principalmente quando o comportamento se torna recorrente e agressivo. Compreender por que um cavalo coiceia é essencial para prevenir situações perigosas e garantir uma convivência mais segura e harmoniosa. A linguagem corporal, os instintos de defesa e até mesmo experiências traumáticas anteriores podem estar por trás desse comportamento. Em alguns casos, trata-se de uma reação momentânea; em outros, o coice se transforma em um vício difícil de controlar, que exige paciência, técnica e, acima de tudo, conhecimento do comportamento equino.
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    Neste artigo, vamos explorar as principais causas que levam um cavalo a coicear, os riscos envolvidos, como identificar os sinais de alerta e, principalmente, as estratégias eficazes para lidar com esse hábito, que pode ser perigoso tanto no manejo diário quanto em atividades como montaria, competições e feiras. Entender o que motiva um coice é o primeiro passo para evitar acidentes e criar um ambiente mais seguro para animais e pessoas. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});O que leva um cavalo a coicear? Cavalos não coiceiam sem motivo. Mesmo quando parece uma reação banal, como afastar uma mosca teimosa, o gesto pode se tornar perigoso se alguém estiver muito próximo. Em 2024, dados de veterinários e treinadores apontam que a maioria dos coices está relacionada a algum desconforto físico ou emocional. Entre os principais gatilhos estão:
  • Irritação com insetos, especialmente em climas quentes, quando moscas se concentram no ventre e nas patas traseiras;
  • Cólica equina, que leva o animal a tentar, instintivamente, aliviar a dor;
  • Reações a estímulos ambientais, como ervas espinhosas ou sensações estranhas ao toque;
  • Brincadeiras no pasto, em que coices leves fazem parte da interação entre membros do grupo.
  • No entanto, nem todos os coices são inofensivos. Cavalos também usam as patas traseiras como arma de defesa. Por que os cavalos dão coice? Entenda as causas e saiba como agir
    Foto: Divulgação
    Coice como instinto de proteção Na natureza, o coice é uma ferramenta vital de sobrevivência. É comum ver um cavalo reagindo com força ao se sentir ameaçado por predadores ou quando percebe outro animal invadindo seu espaço, seu alimento ou se aproximando de um filhote. Uma égua, por exemplo, pode atacar um garanhão que se aproxima em momento inoportuno. E esse instinto permanece mesmo entre animais domesticados. O problema é quando esse comportamento se manifesta no ambiente humano. Um simples susto — causado por um cachorro passando atrás do cavalo ou por um objeto arrastando no chão — pode resultar em uma reação inesperada e violenta. Cavalos de tração, quando não habituados ao barulho e à presença de arreios e carroças, também podem reagir com coices perigosos. Quando o coice se torna um vício Há casos em que o coice deixa de ser apenas reação e vira padrão de comportamento. Isso pode ocorrer por trauma, medo ou simplesmente por aprendizado incorreto. O cavalo entende que coicear afasta algo ou alguém que o incomoda — e repete a ação sempre que confrontado. Essa atitude torna-se especialmente problemática em provas, passeios em grupo ou ambientes com grande circulação de pessoas e animais. Cavalos que não toleram aproximações — de outros cavalos, cães ou até pôneis — podem causar acidentes graves. Há registros recentes de 2024 em que cavaleiros foram feridos durante eventos, após seus cavalos reagirem de forma agressiva à aproximação inesperada de outros animais ou mesmo durante o processo de encilhamento. Sinais de alerta: o corpo fala antes do coice A boa notícia é que, na maioria das vezes, o cavalo avisa. Ele não coiceia sem antes demonstrar sinais claros: orelhas para trás, tensão muscular, movimentação da cauda e mudança no posicionamento do corpo são indícios de que algo não está certo. Entender essa linguagem corporal é essencial para evitar acidentes. Como lidar com um cavalo que coiceia Lidar com um cavalo com esse tipo de comportamento exige paciência, técnica e, principalmente, segurança. Veja algumas orientações práticas atualizadas para 2024:
  • Identifique o cavalo com uma fita vermelha na cauda, sinalizando o risco a outros cavaleiros e tratadores;
  • Evite situações que sabidamente provocam o coice, como aproximação por trás ou selagem apressada;
  • Monte em posições estratégicas, como no final de um grupo, e mantenha uma distância segura dos outros animais;
  • Trabalhe a dessensibilização progressiva, aproximando gradualmente o cavalo de objetos ou estímulos que causam medo;
  • Reforce comandos de movimento, como andar para frente ou mudar de direção — cavalos em deslocamento tendem a coicear menos;
  • Mantenha supervisão e vigilância constantes, principalmente em eventos com grande fluxo de pessoas.
  • Correntes de coice: solução ou risco adicional? Um método controverso, mas ainda utilizado, é o uso das chamadas correntes de coice, pequenas correntes fixadas nas patas traseiras. A ideia é que, ao tentar coicear, o cavalo sinta um leve desconforto e evite repetir o movimento. No entanto, especialistas em comportamento equino alertam: em muitos casos, o uso incorreto dessas correntes pode aumentar o medo, o estresse e até piorar o problema. É importante lembrar que essas correntes nunca devem ser usadas durante a montaria e que sua aplicação deve ser feita com cautela, sob orientação de um profissional. Há riscos de o equipamento prender em cercas ou ferraduras, podendo provocar lesões sérias. Um compromisso com a segurança e o bem-estar No mundo do manejo moderno de equinos, a prevenção é sempre o melhor caminho. Identificar os motivos por trás do coice, trabalhar a confiança com o animal e manter uma rotina respeitosa são estratégias que, a longo prazo, reduzem os riscos e promovem o bem-estar tanto do cavalo quanto de quem convive com ele. Coice não é apenas um reflexo físico — é um sinal de que algo precisa de atenção. E entender esse comportamento pode ser a chave para um relacionamento mais seguro, saudável e harmonioso com o seu cavalo. Escrito por Compre Rural VEJA MAIS:
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  • ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
    Por: Redação

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