O Serviço Florestal da Coreia do Sul confirmou nesta 4ª feira (26.mar.2025) a morte do piloto de um helicóptero que combatia os incêndios florestais na região de Uiseong, a cerca de 180 quilômetros da capital Seul. O acidente se deu após a aeronave colidir com uma montanha.
Segundo informações da agência Yonhap, autoridades locais disseram que as causas ainda estão sendo investigadas e que todos os helicópteros que participavam da operação foram orientados a retornar ao solo para evitar novos incidentes.
Ao menos 18 pessoas morreram desde o início do combate ao fogo na região. De acordo com a Reuters, milhares de bombeiros auxiliados pelos militares foram mobilizados para conter o que já é chamado de um dos piores incêndios florestais do país em décadas.
Segundo informações do governo sul-coreano, mais de 27.000 moradores tiveram que ser evacuados. As chamas, impulsionadas pelo vento e pelo tempo seco, arrasaram bairros inteiros, fecharam escolas e forçaram a transferência de centenas de presos.
“Estamos mobilizando todo o pessoal e equipamento disponíveis em resposta aos piores incêndios florestais de todos os tempos, mas a situação não é boa”, disse o presidente interino Han Duck-soo, afirmando ainda que militares dos EUA também estavam ajudando.
Em entrevista ao Poder360, uma moradora de Gyeongsang do Norte disse que nos últimos dias recebeu diversos avisos de incêndios. “Servem para a população se prevenir, não só sobre o que não fazer, mas também sobre quais rodovias estão bloqueadas por causa dos incêndios”, afirmou.
“Os incêndios florestais se dão frequentemente na província, incluindo um na área de Uiseong, e existe um elevado risco de ocorrência devido aos ventos fortes. Pedimos a sua cooperação ativa no cuidado ao participar em atividades ao ar livre”, dizia um dos avisos enviado em 23 de março.
Dezenas de helicópteros, cerca de 5.000 pessoas e aproximadamente 560 equipamentos foram mobilizados. Os incêndios florestais que começaram no Condado de Sancheong, na Província de Gyeongsang do Sul, na 6ª feira (21.mar), se espalharam pelo nordeste da região.
Autoridades sul-coreanas disseram na 3ª feira (25.mar) que a maioria das chamas nessas áreas estavam extintas, mas o clima seco e ventoso causou contratempos e permitiu que o fogo se espalhasse novamente.
