• Sábado, 28 de junho de 2025

PF investiga Corinthians por suspeita de sonegação fiscal

Inquérito aberto em abril apura possíveis crimes tributários que teriam sido cometidos de 2023 a 2024. Leia no PoderSportsMKT.

A PF (Polícia Federal) investiga o Corinthians por possíveis crimes tributários. O inquérito foi aberto em 30 de abril de 2025 após determinação judicial motivada por solicitação do MPF (Ministério Público Federal). As informações foram divulgadas pelo site Globo Esporte nesta 6ª feira (27.jun.2025). 

As autoridades apuram infrações relacionadas aos artigos 1° e 2° da lei 8.137/90, que tratam de crimes contra a ordem tributária.

As supostas irregularidades teriam acontecido do fim de 2023, durante a gestão de Duilio Monteiro Alves, ao longo de 2024, já sob a presidência de Augusto Melo. O MPF estabeleceu prazo de aproximadamente 4 meses para conclusão das investigações, período que pode ser estendido conforme necessidade.

Os valores envolvidos e detalhes específicos do período investigado estão sob sigilo judicial pois o processo encontra-se em fase inicial. A investigação busca verificar se houve supressão ou redução de tributos ou contribuições sociais por parte do clube paulista.

O artigo 1° da lei mencionada no inquérito trata de condutas como omissão de informações às autoridades fazendárias, fraude à fiscalização tributária, falsificação de documentos fiscais e emissão de documentos falsos.

O texto legal, em seu inciso II, considera crime “fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal”. A pena prevista para esses casos é reclusão de 2 a 5 anos, além de multa.

Já o artigo 2° da mesma lei contempla infrações como declarações falsas sobre rendas e bens, não recolhimento de tributos no prazo legal e uso indevido de incentivos fiscais.

Os incisos III e IV deste artigo mencionam práticas como exigir percentagens sobre parcelas dedutíveis de impostos e aplicar incentivos fiscais em desacordo com o estatuído.

Para estas infrações, a legislação estabelece pena de detenção de 6 meses a 2 anos, além de multa.

O MPF indicou que existem elementos suficientes para justificar uma investigação formal sobre as práticas fiscais do clube. A Polícia Federal conduz agora as diligências necessárias para apurar a veracidade das suspeitas.

Ainda não há informações sobre quais dirigentes específicos poderiam ser responsabilizados caso as irregularidades sejam confirmadas, uma vez que o período investigado abrange 2 gestões diferentes do clube.

Em resposta às acusações, o Corinthians se manifestou oficialmente. “O departamento jurídico da gestão interina do Sport Club Corinthians Paulista informa que tem conhecimento do inquérito e que neste momento está adotando as medidas jurídicas cabíveis para o esclarecimento das dúvidas das autoridades”, afirmou o clube em nota.

A Constituição Federal estabelece que todos os contribuintes devem cumprir suas obrigações tributárias, conforme detalhado nos artigos da lei mencionada no inquérito.

Por: Poder360

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