O Parlamento do Irã aprovou neste domingo (22.jun.2025), segundo a mídia local, o fechamento do estreito de Ormuz –principal rota de exportação de produtos dos países do Golfo Pérsico, que inclui além do Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Omã, Iraque e Kuwait.
A rota hoje é responsável pela entrega de 20% da demanda global de petróleo. Cabe agora ao Conselho de Segurança do Irã e ao líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, decidirem se a medida passará a valer.
O bloqueio do estreito de Ormuz é uma medida retaliava do Irã depois de os EUA atacarem no sábado (21.jun) as instalações nucleares do país e oficializarem a entrada no conflito entre os persas e Israel.
A medida, porém, afeta o mercado global de petróleo, que já tem registrado alta na cotação do barril desde o início do conflito, em 12 de junho (horário de Brasília). Na última semana, o barril tipo brent (cotação internacional) fechou com sucessivas altas. Na 6ª feira, registrou queda, mas a decisão de fechar o estreito de Ormuz deve refletir na cotação de 2ª feira (23.jun), com possível nova alta.
No sábado, ao menos 6 bombardeiros B-2 dos EUA atacaram as estruturas nucleares do Irã. Depois da ação militar, o presidente Donald Trump (republicano) compartilhou uma mensagem que dizia o seguinte: “Fordow já era”.
Fordow é uma base nuclear construída no início dos anos 2000 no interior de uma montanha no centro do Irã. A topografia protege o local, principalmente de ataques aéreos. Israel não tem os armamentos necessários para destruir essa instalação.
Neste domingo (22.jun), o general Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, evitou dizer que as estruturas foram “destruídas”, como tinha dado a entender Trump. Preferiu dizer que foram “danos severos”.
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