• Quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

Papa Leão 14 defende "paz desarmada" em mensagem de fim de ano

Igreja Católica antecipou divulgação de discurso preparado para o 1º de janeiro, Dia Mundial da Paz.

O papa Leão 14 celebrou pela 1ª vez na noite desta 4ª feira (24.dez.2025) os ritos de Natal. Da Basílica de São Pedro, no Vaticano, ele reforçou a mensagem com um pedido de paz que já vem divulgando nos últimos dias diante de um complexo cenário mundial, com conflitos em curso no Sudão, na Ucrânia e em Gaza.

Na mensagem preparada para o 1º de Janeiro, o Dia Mundial da Paz, Leão 14 apresentou um pedido de paz “desarmada e desarmante” e incentivou a construção de uma cultura de paz na vida doméstica e pública. O conteúdo do discurso foi divulgado antecipadamente pela Igreja Católica.

O papa defendeu o desarmamento e aconselhou cristãos e, principalmente, autoridades políticas, a se espelharem em Jesus Cristo, que travou uma luta “desarmada”.

Ele criticou também a corrida armamentista dos países, com crescentes despesas militares, associada a discursos que difundem “a percepção de que se vive sob ameaça e que a segurança deve ser armada”.

O pontífice condenou o uso bélico da inteligência artificial, que segundo ele, “radicalizou a tragédia nos conflitos armados”. Em Gaza, por exemplo, Israel usou drones guiados por IA como ferramentas de intimidação, vigilância e ataques.

“Está-se a delinear até mesmo um processo de desresponsabilização dos líderes políticos e militares, por causa do crescente ‘delegar’ às máquinas as decisões relativas à vida e à morte das pessoas”, declarou na mensagem.

“É uma espiral de destruição sem precedentes, que compromete o humanismo jurídico e filosófico do qual qualquer civilização depende e pelo qual é protegida”, afirmou Leão 14 ao comentar uso de tecnologias no âmbito militar.

Há 7 meses no cargo, o papa busca com a mensagem incentivar que as nações se apoiem, com diálogo e confiança mútua, e que as pessoas cultivem, além da oração, o diálogo com outras tradições e culturas: “Em todo o mundo, é desejável que cada comunidade se torne uma ‘casa de paz’, onde se aprende a neutralizar a hostilidades através do diálogo, se pratica a justiça e se conserva o perdão”.

Com informações de Agência Brasil. 

Por: Poder360

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