Refugiados palestinos celebraram na 5ª feira (9.out.2025) o acordo de paz entre Israel e Hamas no campo de Ain al-Hilweh, no Líbano. Pessoas marcharam nas ruas do local segurando bandeiras e cantando músicas de celebração.
“Graças a Deus foi concedida uma vitória aos nossos irmãos na Palestina, e que venham outras. Estou muito feliz. Parabenizo-lhes pelos esforços e sacrifícios, principalmente em Gaza”, afirmou um refugiado, segundo relato da agência Viory. Outro palestino afirmou que nunca esquecerá “o apoio dado pela resistência islâmica no Líbano, Irã, Iêmen e Iraque”. E concluiu: “Hoje é um dia glorioso”.
Assista ao vídeo (3min03s):
Israel e o grupo extremista Hamas fecharam um acordo para a paz e o cessar-fogo na Faixa de Gaza, com plano de libertação de todos os reféns e o recuo das tropas israelenses para uma linha previamente acordada. O anúncio foi feito na 4ª feira (8.out), 2 anos depois do início do conflito.
As Forças de Defesa de Israel declararam nas redes sociais, na madrugada de 5ª feira (9.out), ter começado os preparativos para implementar o acordo e “fazer a transição para linhas de implantação ajustadas em breve”.
O Hamas afirmou em comunicado que o acordo levaria ao fim da guerra na Faixa de Gaza e à retirada de Israel do território. O grupo militante apelou a Trump e outros líderes para que obrigassem Israel “a implementar integralmente os requisitos do acordo”. O Hamas e o Qatar, um dos países que intermediaram as negociações, também indicaram em comunicados que o acordo permitiria a entrada de ajuda humanitária no enclave.
Os detalhes da troca de reféns por prisioneiros e a linha de retirada israelense não ficaram claros. Israel, em suas declarações iniciais, não mencionou a retirada de tropas. Embora Netanyahu tenha afirmado que todos os reféns israelenses seriam trazidos de volta, não deu outros detalhes.
O conflito começou em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas liderou um ataque a Israel, matando cerca de 1.200 pessoas. Eles fizeram cerca de 250 reféns. Desde então, o exército israelense matou mais de 67.000 palestinos, incluindo civis e combatentes, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, e reduziu a infraestrutura do território a ruínas.