O inquérito que apura irregularidades na destinação de emendas parlamentares –e que resultou em operação da PF (Polícia Federal) nesta 6ª feira (12.dez.2025)– foi instruído com depoimentos de 6 congressistas e de uma funcionária da Câmara. As diligências foram autorizadas pelo ministro Flávio Dino, relator das ações que tratam da transparência das emendas no STF (Supremo Tribunal Federal).
A PF cumpriu 2 mandados de busca e apreensão contra Mariângela Fialek, conhecida como Tuca, funcionária da Câmara lotada na liderança do PP. Ela atuou como assessora do ex-presidente da Casa Arthur Lira (PP-AL). As buscas foram realizadas em salas utilizadas por Tuca no Congresso e na residência dela. O celular da investigada foi apreendido. Leia a íntegra da decisão (PDF – 273 kB).
Segundo a decisão de Dino, o inquérito começou depois das manifestações públicas de congressistas durante sessões da Câmara e do Senado. A PF colheu os depoimentos de:
Também foi ouvida a funcionária Elza Carneiro, da Comissão de Integração Nacional da Câmara. Todos relataram suspeitas sobre a forma como emendas de comissão eram distribuídas e sobre a atuação de Tuca.
Nos depoimentos, os congressistas afirmaram que:
O material reforça, segundo Dino, sinais de que Tuca integraria uma “estrutura organizada” de redirecionamento irregular de emendas, ainda em apuração. Para Dino, há indícios de crimes como: peculato, falsidade, corrupção e desvios funcionais.
O Poder360 procurou o ex-presidente da Câmara para pedir uma manifestação. Lira informou que não há desvio e que Tuca é assessora da Câmara ligada à presidência da Casa. Este jornal digital também tentou contato com Tuca. A GloboNews informou, no entanto, que ela teve o celular apreendido.





