• Sábado, 25 de outubro de 2025

“Olhamos o jornal e parece que o país vai acabar”, critica Haddad

Falando em tom de balanço de governo, Fernando Haddad disse que Lula entregará menor inflação em 4 anos e menor desemprego da história

O ministro da Fazenda, (PT), adotou um discurso de balanço de sua atuação no governo federal, nesta sexta-feira (24/10), e reiterou que o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entregará bons resultados da economia. Haddad participou, nesta manhã, de promovido pelo , . O chefe da equipe econômica disse que o governo Lula já tem condições de apresentar “significativas conquistas” na área. “Vamos ter a menor taxa de inflação dos últimos quatro anos. Vamos entregar a menor taxa de desemprego da história”, afirmou o ministro da Fazenda. As declarações de Haddad acontecem no dia em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística () divulgou os novos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a “prévia” da inflação oficial do país, que registrou desaceleração em outubro deste ano. Segundo o IBGE, o IPCA-15 ficou em 0,18% neste mês, um resultado 0,3 ponto percentual abaixo do registrado em setembro (0,48%). No acumulado do ano, o IPCA-15 tem alta de 3,94% e, nos últimos 12 meses, de 4,94%, abaixo dos 5,32% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro do ano passado, a taxa foi de 0,54%. Leia também Em setembro, a inflação oficial do Brasil foi de 0,48%. De acordo com as projeções do , que reúne as principais projeções do mercado, o índice deve fechar este ano em 4,7%. Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%. O mercado continua esperando, portanto, que a inflação estoure o teto da meta neste ano, mas por uma margem pequena. , também segundo dados do IBGE, e repetiu a mínima histórica registrada no intervalo terminado em junho. A variação segue no patamar mais baixo desde 2012, início da série histórica. Entre os trimestres comparáveis, o desemprego era de 6,2% no trimestre encerrado em maio e de 6,6% no mesmo período do ano passado, de acordo com o IBGE. A população desocupada (quem não estava trabalhando e procurava por emprego) caiu para o menor patamar da série histórica, recuando 9% no trimestre. Em relação ao mesmo período de 2024, recuou 14,6% (menos 1 milhão de pessoas). Ao todo, são 6,08 milhões de desempregados no país. Do outro lado da balança, a população ocupada (ou seja, em idade apta para trabalhar) cresceu na comparação trimestral e anual, com altas de 0,5% e 1,8%, respectivamente. Havia 102,4 milhões de pessoas empregadas. Críticas à imprensa Apesar dos bons indicadores econômicos, segundo Haddad, a cobertura de alguns veículos de comunicação carrega um viés permanentemente negativo. O ministro da Fazenda reclamou do tom mais crítico do noticiário. “Olhamos o jornal e parece que o país vai acabar”, ironizou. “Buscamos bons resultados nesses quatro anos, mas nunca vamos agradar todo mundo”, contemporizou o chefe da equipe econômica. Sem IOF e temas polêmicos Em seu discurso no seminário em São Paulo, Fernando Haddad evitou abordar temas controversos, como as possíveis alternativas estudadas pelo governo para compensar a derrubada da Medida Provisória (MP) que tratava do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O assunto é considerado espinhoso pelo governo no Congresso Nacional. O Executivo vem encontrando dificuldades para fazer a pauta avançar, .
Por: Metrópoles

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