Vaca Girolando é a maior produtora de leite do Brasil ao atingir 150.000 litrosO Afimilk Synergy levou cinco anos de desenvolvimento e um investimento de US$ 30 milhões antes de ser lançado. Diferente das soluções tradicionais, que exigem intensa mão de obra humana, este sistema permite que as vacas decidam quando querem ser ordenhadas, aproximando-se espontaneamente dos robôs, que realizam todo o processo de forma automatizada.
Nova ordenha revoluciona a pecuária leiteira, seja para rebanhos de 500 ou 5.000 vacas
Tecnologia automatiza a ordenha em fazendas de médio porte, reduzindo a dependência de mão de obra e otimizando a produção.
Ordenhar vacas é cansativo? Sim. Por isso o novo sistema de ordenha traz uma tecnologia automatiza para fazendas de pequeno a médio porte, reduzindo a dependência de mão de obra e otimizando a produção na pecuária leiteira. A ordenha de vacas passou por transformações radicais desde o final do século XIX, quando os primeiros dispositivos mecânicos começaram a substituir a ordenha manual. Agora, a tecnologia avança mais uma vez com o Afimilk Synergy, um sistema de ordenha robótica projetado para atender fazendas leiteiras de médio porte, com rebanhos entre 500 e 5.000 vacas.
A solução foi desenvolvida pela Afimilk, empresa israelense pioneira no setor, que em 1979 lançou o primeiro medidor de leite, capaz de monitorar a produção individual das vacas, detectar problemas de saúde e coletar dados essenciais para a gestão das fazendas leiteiras. Agora, a companhia revoluciona novamente ao criar uma alternativa escalável para grandes rebanhos que não se beneficiam dos robôs usados em pequenas propriedades nem das salas de ordenha rotativas das megafazendas.
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O sistema de ordenha robótica Afimilk Synergy levou cinco anos e US$ 30 milhões para ser desenvolvido. Foto: Afimilk
O funcionamento ocorre da seguinte forma:
Os robôs se alinham em uma pista no nível do solo, aguardando as vacas para a ordenha;
O sistema identifica cada vaca, higieniza os úberes e posiciona os copos de ordenha de forma precisa;
O leite é extraído automaticamente e os copos são removidos assim que o processo é concluído;
No final, um spray de iodo é aplicado para garantir a higiene dos tetos das vacas;
Durante todo o processo, imagens 3D e dados de saúde são coletados, permitindo um monitoramento completo do bem-estar dos animais.
Com essa inovação, a ordenha pode ocorrer sem necessidade de operadores humanos dedicados, reduzindo custos com mão de obra e aumentando a eficiência da produção leiteira. A escassez de mão de obra na pecuária leiteira é um problema global. Ordenhar vacas é um trabalho cansativo e poucos estão dispostos a realizá-lo, destaca Oren Drori, VP de produtos da Afimilk. Com a nova tecnologia, essa dificuldade é minimizada, já que todo o processo é gerenciado por uma equipe reduzida, composta basicamente por um supervisor.
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Robôs Synergy da Afimilk alinhados e prontos para começar a ordenhar sob demanda. Foto: Afimilk
Embora o setor agropecuário tenda a ser conservador na adoção de novas tecnologias, o Afimilk Synergy já está sendo implantado em fazendas na República Tcheca, na Itália e em Israel. A expectativa da empresa é instalar entre 10 e 20 sistemas em 2025 na Europa e no Oriente Médio, consolidando a nova tecnologia como um padrão para a ordenha em fazendas de médio porte. Combinando inteligência artificial, sensores avançados e automação, o sistema não apenas reduz custos e melhora a produtividade, mas também garante maior bem-estar para as vacas, tornando a ordenha um processo menos estressante e mais eficiente.
A chegada dessa tecnologia marca uma nova era para a pecuária leiteira, onde a robótica se torna uma aliada essencial para um setor mais eficiente, competitivo e preparado para os desafios do futuro.
Por: Redação