O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou nesta 4ª feira (6.ago.2025) que o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Roberto Barroso, 67 anos, estaria cogitando deixar a Corte por temer ser incluído na Lei Magnitsky, assim como o ministro Alexandre de Moraes.
Ao Poder360, Nikolas ironizou a possível saída de Barroso até setembro, quando passa o comando para Edson Fachin. “Está com medo da Magnitsky”, disse o congressista mineiro.
A lei norte-americana usada em 30 de julho para sancionar Moraes determina a revogação do visto e o bloqueio de todas as transações com propriedade nos Estados Unidos ou com negócios de interesse no país.
Entre os 11 ministros do STF, Barroso é o que mantém mais vínculos com o EUA. Sua família tem um imóvel declarado em Miami (Flórida), e ele costuma passar temporadas estudando em Harvard. Porém, caso o cancelamento de seu visto seja confirmado, esses contatos podem estar comprometidos.
Com o fim de seu mandato na presidência do STF, Barroso voltaria à 2ª Turma do Tribunal, onde não tem interlocução próxima com os demais integrantes.
Nos bastidores, o ministro demonstra desconforto com o clima interno da Corte, especialmente com a atuação de Moraes em processos contra Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente será julgado e possivelmente condenado em setembro, mas, segundo apurou o Poder360, o STF entende que Moraes antecipou restrições antes do julgamento.
Nikolas Ferreira também anunciou que irá apresentar um novo pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes. “Não se trata mais de denúncia isolada. Uma das maiores democracias do planeta reconhece o abuso de poder no Brasil”, declarou.
O líder da Oposição na Câmara, Zucco (PL-RS), afirmou em vídeo publicado no X (ex-Twitter) nesta 4ª feira (6.ago) que falta a assinatura de só um senador para viabilizar que o impeachment contra magistrado seja protocolado.
Assista (24s):
O impeachment de ministros do STF depende do Senado, onde a decisão de avançar com os processos cabe ao presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP).
