O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), disse nesta 2ª feira (7.abr.2025) que não pretende reduzir as tarifas de 17% a Israel, apesar de o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (Likud, direita) prometer cortar o deficit que os norte-americanos têm no comercial bilateral.
Netanyahu se reuniu com Trump na Casa Branca para discutir a guerra na Faixa de Gaza e as tarifas “recíprocas” do republicano a todos os parceiros comerciais. O premiê de Israel disse que seu governo eliminará o deficit com os EUA “muito rapidamente”. O presidente norte-americano afirmou a jornalistas, no entanto, que seu governo “não está pensando” em interromper as taxas para os países no geral.
“Não estamos pensando nisso [interromper tarifas]. Temos muitos, muitos países que estão vindo para negociar acordos conosco. E serão acordos justos. E em certos casos, eles pagarão tarifas substanciais”, disse Trump ao lado de Netanyahu.
Ao falar da possibilidade sobre Israel, o republicano disse que “talvez não” reduzirá as tarifas. O presidente disse que as pessoas não devem se “esquecer” o quanto os EUA já ajudaram o governo israelense no passado. “Você sabe, damos a Israel 4 bilhões de dólares por ano. Isso é muito. Parabéns, a propósito. Isso é muito bom. Mas damos a Israel bilhões de dólares por ano. Bilhões. É um dos maiores de todos. Damos dinheiro a muitos países”, disse.
O deficit comercial foi uma das justificativas de Trump para impor tarifas mínimas de 10% a todos os parceiros econômicos. Em 2024, os EUA tiveram um deficit de US$ 6,7 bilhões com Israel em trocas comerciais.
Um dia antes da taxação, o gabinete de Netanyahu zerou as tarifas aos EUA, com expectativa de escapar da tributação de Trump em 2 de abril. Não funcionou. Trump aplicou taxa de 17% sobre os produtos do país judeu.