O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (Likud, direita), declarou nesta 5ª feira (16.out.2025) que o combate “ainda não acabou” na Faixa de Gaza, mesmo depois de o Hamas ter devolvido os últimos 20 reféns sobreviventes a Israel sob acordo de cessar-fogo mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano).
Durante a cerimônia que marcou o 2º aniversário do ataque de 7 de Outubro, Netanyahu disse estar “determinado a assegurar o retorno de todos os reféns”. Os restos mortais de 19 reféns israelenses ainda permanecem desaparecidos no território palestino. O Hamas afirmou ter entregado os corpos dos prisioneiros mortos aos quais conseguiu acesso, mas disse que é necessário equipamento especializado para recuperar os demais entre as ruínas.
Como parte do acordo, Israel devolveu os corpos de 30 palestinos a Gaza na 5ª feira (16.out), seguindo a proporção estabelecida de 15 corpos palestinos para cada israelense falecido retornado.
O plano de Trump para Gaza determina nas próximas fases da trégua o desarmamento do Hamas, anistia aos líderes que abandonarem as armas e o estabelecimento de governança no território pós-guerra. “É um processo horrível, quase odeio falar sobre isso, mas eles estão cavando, eles estão realmente cavando”, afirmou.
O presidente norte-americano disse ainda que “há áreas onde eles estão escavando e encontrando muitos corpos. Aí eles têm que separar os corpos […] E alguns desses corpos estão lá há muito tempo, e alguns estão sob os escombros.”
A guerra resultou na morte de pelo menos 67.938 pessoas em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território controlado pelo Hamas, números considerados confiáveis pela ONU (Organização das Nações Unidas). Não há meios de verificar as informações de forma independente. Já o ataque do grupo a Israel em 7 de outubro de 2023 causou 1.221 mortes, majoritariamente civis.