Nematoides e doenças de solo ameaçam a produção de algodão e exigem manejo de longo prazo
Nematoides e doenças de solo ameaçam o algodão? Descubra como o manejo biológico integrado protege a lavoura e garante a produtividade no campo.
Nematoides e doenças de solo ameaçam o algodão? Descubra como o manejo biológico integrado protege a lavoura e garante a produtividade no campo. O algodão brasileiro enfrenta uma nova escala de desafios abaixo da linha do solo. Nas regiões do Cerrado, com destaque para Mato Grosso, Bahia e parte de Mato Grosso do Sul, a combinação entre nematoides e patógenos de solo tem ampliado perdas e reforçado a necessidade de um manejo contínuo e integrado. “Os nematoides são patógenos altamente persistentes que podem sobreviver no solo por anos, mesmo sem a presença da cultura, e causam danos silenciosos – porém severos, ao algodoeiro“, afirma Jakeline Pinheiro Silva, gerente regional de marketing da Biotrop. Entre as principais espécies que atacam o algodão estão o nematoide-de-galhas ( Meloidogyne incognita), nematoide-reniforme ( Rotylenchulus reniformis) e nematoide-de-lesões ( Pratylenchus brachyurus), que no geral reduzem o vigor das plantas, provocam galhas ou lesões radiculares, prejudicam o desenvolvimento das raízes e levam a perdas significativas de produtividade. “A presença desses nematoides também aumenta a suscetibilidade das plantas a outros patógenos, favorecendo infecções secundárias em regiões de clima tropical e subtropical”, explica a gerente.
Doenças de solo também ameaçam o algodão. É o caso da Podridão-de-carvão ( Macrophomina faseolina), que atua em momentos de altas temperaturas e baixa umidade. Já a Rhizoctonia solani, responsável pelo tombamento, prejudica colo e raízes, reduzindo o estande e causando mortalidade de plântulas. Em condições específicas, o mofo branco, causado por Sclerotinia sclerotiorum, também pode afetar áreas de algodão. window._taboola = window._taboola || [];
_taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Jakeline Silva alerta que o controle desses patógenos é especialmente desafiador devido a três fatores principais: sua alta capacidade de sobrevivência no solo, sustentada por estruturas de resistência como ovos, escleródios e clamidósporos; a ampla gama de hospedeiros, já que muitos também infectam soja, milho e feijão, dificultando a rotação de culturas; e o caráter silencioso da infecção, que se instala no início do ciclo e só manifesta sintomas quando os danos já estão avançados. Biológicos são ferramentas eficazes Diante desse cenário de desafios, Jakeline recomenda adotar o manejo preventivo e contínuo, com o uso de múltiplas ferramentas. “Amostragens de solo e raízes são fundamentais para diagnóstico precoce e planejamento do manejo, assim como o uso de cultivares tolerantes, que ajuda a reduzir a multiplicação dos nematoides. A rotação de culturas com espécies não hospedeiras, como milheto e crotalária, também é importante para a quebra do ciclo dos nematoides”. Os produtos biológicos, como agentes à base de Bacillus spp. e Trichoderma spp., tornam-se cada vez mais relevantes por atuarem na modulação do microbioma, formação de biofilme protetor e competição natural contra patógenos. “ Em áreas de alta infestação, o ideal é combinar nematicidas químicos e biológicos. Os químicos reduzem de forma rápida e intensa as populações, mas possuem meia vida limitada no solo. Já os biológicos, além de contribuírem para esse controle inicial, prolongam o residual de ação e oferecem proteção contínua ao longo de todo o ciclo da cultura, garantindo alta performance e persistência contra esses ‘inimigos ocultos'”, explica Jakeline. Para ela, o monitoramento precoce também é essencial. “ Atenção para as raízes. Os primeiros sinais incluem pequenas galhas, lesões necróticas e ausência de radicelas finas. Na parte aérea, plantas mais lentas na emergência, variação de altura, folhas menores e desenvolvimento desuniforme podem indicar a presença de nematoides mesmo antes de qualquer amarelamento. Ferramentas digitais, como avaliação por NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada) e imagens de drone, ajudam a identificar reboleiras que se repetem ano após ano”. Dentro do amplo portfólio de soluções da Biotrop, há uma série de produtos para a sanidade do solo, com destaque para Biomagno: bionematicida e biofungicida de amplo espectro formulado com três bactérias em forma de endósporos, promovendo estabilidade e compatibilidade com outras misturas. O produto combina proteção radicular, promoção de crescimento e ação direta sobre as principais espécies de nematoide. Com múltiplos mecanismos de ação, age ainda sobre o controle de fungos do solo que ocasionam tombamento e podridão-de-carvão.
foto: DivulgaçãoOutro destaque da Biotrop para o cuidado com o solo é Bioasis Power, voltado ao fortalecimento das culturas frente ao estresse hídrico e térmico. Também formulado com três bactérias em forma de endósporos, o produto promove um tratamento inicial mais vigoroso e um sistema radicular mais eficiente. Tem ação múltipla: acelera o desenvolvimento das raízes; contribui para a regulação osmótica; forma um biofilme que reduz a perda de água e protege as raízes mesmo em condições adversas, oferecendo maior resiliência da planta ao longo do ciclo. Já o biofungicida Bombardeiro representa um importante avanço no manejo das doenças fúngicas da parte aérea do algodão. Além da proteção foliar por biofilme e competição com patógenos, o produto age no solo quando aplicado nos estágios iniciais, reduzindo o inóculo de fungos antes que atinjam a parte aérea. Bombardeiro tem se destacado especialmente no controle da mancha-alvo, uma das doenças mais severas da cultura, e demonstra potencial para substituir multissítios químicos, oferecendo maior segurança operacional, plantas mais saudáveis e ganhos de produtividade. “Nematoides e doenças de solo são desafios crescentes para a cadeia do algodão. Com diagnóstico precoce, estratégias integradas e manejo contínuo, é possível reduzir seus impactos e preservar a produtividade e a longevidade das áreas agrícolas”, assinala Jakeline Silva. Sobre a Biotrop A BIOTROP é uma das líderes em soluções biológicas e naturais para o agronegócio. Tem como foco a pesquisa e o desenvolvimento de soluções inovadoras, visando contribuir para uma agricultura sustentável, saudável e regenerativa. Com escritório em Vinhedo (SP), Centros Avançados de Multiplicação de Microrganismos (CAMMs) em Curitiba (PR) e Jaguariúna (SP) e distribuidores parceiros em vários países, a empresa oferece as melhores soluções biológicas e naturais ao mercado. Desde 2023, a BIOTROP integra o Grupo BioFirst, que é líder global em tecnologias biológicas e naturais, com presença em mais de 70 países. Mais informações: https://biotrop.com.br/VEJA MAIS:Conheça o cavalo Campeiro, o tesouro brasileiro que nasceu selvagem e virou patrimônio culturalImagem viraliza ou mostrar bovino resistindo ao frio de -37 °C em Yellowstone; veja ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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Por: Redação
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