Na tarde de quarta-feira (18), uma mulher de 77 anos foi presa em São Paulo por injúria racial contra um policial federal, após se envolver em uma confusão em frente à residência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O incidente ocorreu por volta das 17h30, quando ela chegou ao local em um carro com imagens ofensivas direcionadas aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
No porta-malas do veículo, a mulher carregava uma coroa de flores, que ela tentou colocar em frente à casa do presidente. Durante essa tentativa, ela foi abordada por policiais federais responsáveis pela segurança do imóvel. Os agentes solicitaram que ela retirasse a coroa de flores, o que levou a um protesto da idosa, que iniciou uma discussão com os policiais.
Durante a altercação, a mulher afirmou ser filha de um general de divisão do Exército e justificou seu ato como um protesto em nome de uma amiga, que, segundo ela, havia sido presa por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Ela também fez questão de se declarar não racista, alegando que "a filha já tinha namorado um negro", em um esforço para justificar suas atitudes.
Após mais de 20 minutos de discussão, a mulher foi levada pelos agentes até a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. Embora tenha estacionado o carro em outro local, ela permaneceu dentro do veículo. Nesse momento, um policial federal negro se aproximou para pegar a chave do carro, momento em que, segundo testemunhas, a mulher proferiu uma injúria racial, chamando o agente de "macaco".
A mulher, cuja identidade não foi divulgada, foi então presa por injúria racial e conduzida à delegacia para os procedimentos legais.
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