Onda de calor
Desde a tarde da véspera de Natal (24), a cidade do Rio de Janeiro está no estágio 3 de calor, em uma escala que vai até 5. No nível 3, há registro de índices de calor alto (36°C a 40°C), com previsão de permanência ou aumento por, ao menos, três dias seguidos. No dia 25, os termômetros marcaram 40,1°C, recorde do mês. Para este sábado (27), a previsão do Alerta Rio, sistema de meteorologia da prefeitura do Rio de Janeiro, é temperatura máxima em 38°C. No domingo (28) deve chegar a 40°C. Alívio com chuva só a partir de segunda-feira (29), mas ainda com temperatura perto de 40°C. O calor excessivo tem levado centenas de pessoas às unidades de saúde. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, a rede de urgência registrou média de 450 atendimentos por dia. Os casos mais comuns possivelmente relacionados ao calor são tontura, fraqueza e desmaios, além de queimaduras solares. No âmbito estadual, o governo alertou todos os 92 municípios para os perigos do calor excessivo. O tempo quente dá as caras também em grande parte do Brasil. A explicação está em um bloqueio atmosférico. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta vermelho para onda de calor que atinge partes das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.Grupos vulneráveis
No ofício enviado ao estado e a prefeitura do Rio, o MPF e a Defensoria apontam os seguintes grupos de risco:- crianças, especialmente lactentes, recém-nascidos e prematuros;
- idosos acima de 65 anos;
- gestantes e lactantes;
- pessoas de doenças crônicas e com deficiência;
- trabalhadores ao ar livre e desportistas;
- indivíduos com restrição de mobilidade e acamados;
- população em situação de rua.
População de rua
Especificamente sobre população em situação de rua, o comunicado cita que um protocolo municipal reconhece que a condição clínica é agravada pela vulnerabilidade social, uma vez que:- estão mais expostas ao calor extremo devido ao menor acesso a ambientes refrigerados e à proteção solar;
- sujeitas a elevada carga de morbidade por diversas condições clínicas determinadas socialmente;
- menor acesso a água potável e resfriada, bem como a alimentos adequados.
- ativação de centros de hidratação nas unidades de Atenção Primária à Saúde;
- designação de pontos de resfriamento em locais com ar-condicionado ou refrigeração, com divulgação à população;
- ampliação da oferta de estações de hidratação ou distribuição de água nos locais de acolhimento das populações mais vulneráveis;
- possibilidade de ampliação dos horários de funcionamento dos locais públicos com ar-condicionado, refrigeração ou áreas sombreadas.
Recomendação e prazo
Entre as recomendações ao estado estão o preparo do Corpo de Bombeiros para o resgate de pessoas e garantia da disponibilidade de leitos e capacidade de atendimento na rede de saúde. O MPF e as Defensorias cobram que município e estado informem, dentro de 24 horas, medidas concretas deflagradas, com “indicação precisa” de:- pontos de resfriamento ativados, com endereços e horários de funcionamento;
- locais e horários de distribuição de água e hidratação;
- unidades de saúde atuando como centros de hidratação;
- fluxos de atendimento e encaminhamento ativados;
- operações de resgate e atendimento pré-hospitalar realizadas.
Inmet mantém alerta vermelho para onda de calor no Sudeste até dia 29
Com calor, governo de São Paulo emite alerta para economia de água





