• Quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Mounjaro e Wegovy em pílula? Resultados positivos animam farmacêuticas

Estudos mostram que pílulas de medicamentos contra obesidade têm eficácia próxima às injetáveis e podem ampliar acesso global

A corrida pelo mercado de medicações para perda de peso e tratamento da obesidade está ganhando novos capítulos. As fabricantes do Mounjaro (Eli Lilly) e do Wegovy e Ozempic (Novo Nordisk) anunciaram praticamente juntas os resultados positivos de desenvolvimento de uma nova safra de remédios, desta vez em comprimidos, que pode A Novo Nordisk anunciou resultados promissores para a versão em comprimido do Wegovy nesta quarta-feira (17/9), apenas um dia depois de a concorrente Eli Lilly Leia também No caso da Novo, se trata de Na realidade, há um remédio com esta tecnologia, o Agora, a novo testou uma versão de 25 mg do princípio ativo. No estudo, 205 pessoas tomaram semaglutida oral durante 64 semanas. O grupo perdeu em média 13% do peso, contra 2,2% no grupo placebo. Os efeitos adversos mais comuns foram náusea e indigestão. A empresa informou que quase um em cada três participantes atingiu perda de peso de 20% ou mais. A farmacêutica submeteu o comprimido à agência reguladora dos Estados Unidos, a FDA, e espera decisão até o fim do ano. A produção piloto já começou em fábricas americanas. Para que servem as canetas aprovadas pela Anvisa O Mounjaro, que contém a tirzepatida como princípio ativo, é fabricado pela Eli Lilly. Estudos mostraram a redução de até 25% do peso corporal durante o uso, um dos maiores índices entre as terapias aprovadas no país para esse fim. O Wegovy e o Ozempic têm a semaglutida como princípio ativo. Ambos são fabricados pela Novo Nordisk e têm indicação de aplicação semanal. O Wegovy é indicado exclusivamente para tratar a obesidade em pacientes com índice de massa corporal (IMC) acima de 30, ou acima de 27 se houver alguma comorbidade. A aplicação leva à perda média de 20% da massa total em seis meses. O Ozempic deve ser usado exclusivamente no controle da diabetes tipo 2. Apesar disso, muitos pacientes o utilizam de forma off-label para perder peso, o que preocupa especialistas. O Victoza e o Saxenda possuem a liraglutida como princípio ativo — uma das primeiras substâncias a ativar os receptores de GLP-1. Essas são as primeiras canetas injetáveis destinadas ao tratamento da diabetes tipo 2 e devem ser usadas diariamente. Embora não tenham recomendação para emagrecimento, estudos mostram a perda de 6% do peso corporal em seis meses. Disputa com a pílula emagrecedora No caso da Eli Lilly, o anúncio também foi positivo, mas é de uma droga cujo princípio ainda não é usado. . No novo comprimido que desenvolve, porém, ela testa a orforgliprona. O novo princípio mostrou resultados positivos em estudo com 3.127 pessoas. A dose mais alta levou a uma perda média de 12,4% do peso em 72 semanas. Quase 20% dos participantes reduziram pelo menos um quinto do peso corporal. Os efeitos adversos foram semelhantes aos observados com semaglutida. A maioria relatou desconforto gastrointestinal de leve a moderado. Ainda assim, analistas veem no comprimido uma vantagem prática: não exige jejum antes do uso, o que pode atrair pacientes. A empresa americana estima que a orforgliprona possa gerar vendas anuais de até 25 bilhões de dólares. A expectativa é que o pedido de aprovação seja enviado à FDA ainda este ano, o que pode acelerar a entrada do produto no mercado. Novas perspectivas e provável preço mais acessível Medicamentos GLP-1 ganharam popularidade nos últimos anos, mas enfrentam críticas sobre custo, com doses mais altas custando mais de dois salários mínimos no Brasil. O preço, inclusive, tem sido Produzir pílulas, porém, é mais barato e fácil de armazenar, o que pode mudar esse cenário, além de ampliar o alcance pela facilidade de administração. Siga a editoria de e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
Por: Metrópoles

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