A farmacêutica Eli Lilly informou nesta 6ª feira (25.abr.2025) que o Mounjaro, aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o tratamento do diabetes tipo 2, estará disponível em farmácias no Brasil a partir da 1ª quinzena de maio. O medicamento será vendido com preços a partir de cerca de R$ 1.400 por mês (entenda mais abaixo).
Nos últimos anos, Ozempic, Saxenda, Mounjaro e similares ganharam popularidade pelo uso “off label” —quando são usados para fins diferentes dos indicados na bula—, especialmente como auxiliares no processo de emagrecimento. No caso do Mounjaro, o uso para controle crônico do peso ainda está em análise pela Anvisa, que avalia a indicação como complemento à dieta e à prática de atividade física.
Na política brasileira, o Mounjaro se tornou popular. Os deputados Arthur Lira (PP-AL) e Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e o senador Omar Aziz (PSD-AM) são alguns dos que fizeram uso do remédio. Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, afirmou ter perdido 30 kg.
O medicamento será vendido em canetas autoinjetoras de dose única, em embalagens com 4 canetas (quantidade suficiente para 1 mês de tratamento, segundo a farmacêutica). As dosagens iniciais disponíveis serão de 2,5 mg e 5 mg.
Dentro do programa “Lilly Melhor para Você”:
Fora do programa (valores com ICMS, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, de 18%):
O princípio ativo do Mounjaro é a tirzepatida, substância que age sobre 2 hormônios ligados à saciedade e ao controle da glicose: o GLP-1 (mesmo alvo da semaglutida, presente no Ozempic e Wegovy) e o GIP (peptídeo inibidor gástrico).
A aplicação do Mounjaro é feita de forma subcutânea, uma vez por semana, com aumento gradual da dosagem. Entre os possíveis efeitos colaterais, estão episódios de hipoglicemia, náuseas e desconfortos gastrointestinais. Leia a íntegra da bula do medicamento (PDF – 335 kB).
