O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes negou nesta 6ª feira (26.set.2025) o pedido da defesa do pastor Silas Malafaia para acessar o inquérito em que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi denunciado por coação à Justiça. O magistrado justificou a decisão ao mencionar que os autos do processo são públicos. Leia a íntegra (PDF – 114 kB).
A denúncia contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o jornalista Paulo Figueiredo se baseia na acusação de que ambos teriam pressionado autoridades dos Estados Unidos a impor sanções contra autoridades brasileiras, em razão da continuidade do julgamento da tentativa de golpe de Estado em 2022. O STF determinou que Eduardo e Figueiredo têm até 8 de outubro para apresentar resposta à acusação.
Em 20 de agosto, Malafaia, que também foi investigado no inquérito, teve o aparelho celular apreendido durante operação realizada pelo Supremo. No dispositivo, a polícia encontrou conversas entre o religioso e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pai de Eduardo, nas quais o pastor oferecia orientações políticas. Malafaia e Bolsonaro, no entanto, não foram denunciados pela PGR (Procuradoria Geral da República).
A defesa do líder religioso havia justificado o pedido negado por Moraes pela necessidade de “atuar de maneira adequada e efetiva, pelo pleno exercício do direito de defesa do cliente”.
Segundo as investigações, as articulações de Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, que moram nos EUA, visam a impor sanções contra o Brasil. Entre as medidas resultantes estariam a imposição de tarifas comerciais de 50% ao Brasil, a inclusão do ministro Moraes e sua mulher, Viviane de Moraes, na lista da Lei Magnitsky e o cancelamento de vistos a integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).