O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, disse que a pasta vai colaborar “com boa vontade” com a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investigará as fraudes relacionadas a descontos indevidos nos benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Segundo publicou nesta 2ª feira (18.ago.2025) a coluna “Painel”, do jornal Folha de S. Paulo, Queiroz afirmou que está “preparando o Ministério e o INSS para fornecer todos os dados de forma ágil e transparente à CPI”.
O ministro acrescentou que “isso é um dever constitucional e institucional. Mas podia ser feito de má vontade. Então, será feito com boa vontade”.
O presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), afirmou na 4ª feira (13.ago) que a CPMI seria instalada nesta semana. A comissão foi criada em junho, mas ainda não havia sido oficialmente convocada pelo Congresso.
Na 6ª feira (15.ago), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) anunciou que o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) seria o relator da comissão, que reúne senadores e deputados. O presidente da CPMI será o senador Omar Aziz (PSD-AM).
O colegiado será composto por 15 deputados e 15 senadores, distribuídos proporcionalmente pelo tamanho da bancada.
A CPMI foi articulada por partidos de oposição para apurar irregularidades no pagamento de benefícios, fraudes em aposentadorias e desvio de recursos na estrutura do INSS. Saiba quem são os congressistas que assinaram nesta reportagem do Poder360.
Em 23 de abril, a PF (Polícia Federal) deflagrou a operação Sem Desconto para investigar um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS.
A investigação identificou a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sem autorização dos beneficiários sobre suas aposentadorias e pensões, concedidos pelo INSS.
A repercussão do caso levou à demissão do ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT). O pedetista foi aconselhado por deputados a deixar o cargo, sob a condição de que alinhasse o discurso de que as fraudes começaram no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e as apurações ficaram a cargo do governo petista.