Pesa mais que um carro e chega a 2,2 metros; Gauro é o maior bovino que existe na TerraEsse movimento respondia a um desafio crônico do país. A Argélia importava mais de 400 mil toneladas anuais de lácteos, com gasto aproximado de US$ 800 milhões por ano, e figurava entre os maiores consumidores globais de leite em pó, atrás apenas de China, Brasil e União Europeia. O megacomplexo surgiu, portanto, como estratégia de redução de dependência externa e de fortalecimento da indústria local. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Outro ponto que marcou a repercussão do projeto foi a escolha da GEA Group AG para fornecer a tecnologia de ponta. Reconhecida mundialmente em soluções para processamento de alimentos e laticínios, a empresa alemã ficou responsável por toda a cadeia produtiva, da ordenha ao empacotamento do leite em pó, garantindo padrões internacionais de eficiência, rastreabilidade e qualidade. Além do aspecto produtivo, o complexo prometeu gerar cerca de 5 mil empregos qualificados, impulsionando a economia regional e consolidando a Argélia como polo estratégico do setor lácteo no norte da África, com potencial inclusive para exportação de derivados no médio prazo. Desde o início, especialistas destacaram que o maior gargalo do empreendimento estaria fora das salas de ordenha. Sustentar um rebanho desse porte exige produção massiva de grãos e forragens, logística robusta e planejamento contínuo de suprimentos. A estratégia prevista envolvia expansão da produção local de ração, complementada por importação de insumos, para manter a operação em escala industrial. O cronograma divulgado indicava início das obras em 2026 e entrada em operação no final de 2027, etapas consideradas críticas para testar a viabilidade plena do modelo em ambiente desértico. A dimensão do projeto argelino ficou ainda mais clara quando comparada à realidade brasileira. A Fazenda Colorado, localizada em Araras (SP) e reconhecida como a maior produtora de leite do país, opera com cerca de 2.500 vacas em lactação, produzindo aproximadamente 105 mil litros de leite por dia.
Na prática, o megacomplexo africano foi projetado para ter um rebanho mais de 100 vezes maior, um contraste que evidenciou o salto de escala global proposto pela Argélia. O anúncio do projeto também consolidou a estratégia de expansão da Baladna na África. Paralelamente à Argélia, a empresa revelou investimento de US$ 1,5 bilhão no Egito e estudos para implantar uma fazenda leiteira na Nigéria, reforçando a tese de ocupar mercados com alta dependência de importações alimentares. Pontos-chave relembrados





