• Terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Maduro ignora ultimato de Trump e decide não fugir da Venezuela

Casa Branca teria oferecido a Maduro a possibilidade de renunciar ao cargo e fugir da Venezuela em segurança com a família

O presidente da Venezuela, , ignorou o ultimato da Casa Branca e não renunciou ao cargo. De acordo com os jornais Miami Herald e The New York Times, Maduro e conversaram por telefone no dia 21 de novembro e o republicano ofereceu um acordo para que o ditador venezuelano deixasse o país em segurança. Na ligação, o ofereceu “passagem segura” para que Maduro, a esposa Cilia Flores e o filho deixassem a Venezuela. A família poderia fugir para qualquer país, mas Trump cobrou que Maduro renunciasse ao cargo até o fim da semana passada — o que não foi cumprido. Com isso, . Uma fonte da Casa Branca sobre três pontos centrais, o que teria causado o rompimento da negociação. O venezuelano teria pedido “anistia global por quaisquer crimes que ele e seu grupo tivessem cometido” e a possibilidade de continuar controlando as Forças Armadas durante uma nova “eleição livre” no país. Os EUA não concordaram com os dois pedidos. Já o governo dos EUA pediu que Maduro se retirasse do poder “imediatamente” e ofereceu a possibilidade de fuga para a família, o que foi rejeitado por Caracas. No domingo (30/11), . “Eu não quero comentar sobre, mas a resposta é sim”, disse Donald Trump ao ser perguntado se a ligação ocorreu. A Casa Branca não comentou sobre o ultimato de Trump para Maduro. No entanto, o presidente dos EUA está em reunião com o secretário de Estado, Marco Rubio, e o alto escalão da segurança nacional, na madrugada desta terça-feira (2/12), para discutir a situação da . Maduro ignora ultimato de Trump e decide não fugir da Venezuela - destaque galeria4 imagens Maduro pede que os EUA deixem a Venezuela em pazMaduro e PutinXi Jinping e MaduroFechar modal. MetrópolesMaduro durante pronunciamento1 de 4 Maduro durante pronunciamento Jesus Vargas/Getty Images Maduro pede que os EUA deixem a Venezuela em paz2 de 4 Maduro pede que os EUA deixem a Venezuela em paz Assessoria de Imprensa da República Bolivariana da Venezuela / Divulgação/Anadolu via Getty Images Maduro e Putin3 de 4 Maduro e Putin Contributor/Getty Images Xi Jinping e Maduro4 de 4 Xi Jinping e Maduro Andy Wong-Pool/Getty Imgaes Tensão entre EUA e Venezuela piora após anúncio de Trump No sábado (29/11), Trump subiu ainda mais o tom contra Maduro e anunciou que o espaço aéreo da Venezuela estava “totalmente fechado”. “A todas as companhias aéreas, pilotos, traficantes de drogas e traficantes de pessoas, por favor, considerem o espaço aéreo acima e ao redor da Venezuela totalmente fechado”, escreveu o líder norte-americano em uma publicação na rede social Truth. Os Estados Unidos não têm autoridade para fechar o espaço aéreo de outro país. No entanto, um anúncio como o de Trump faz aumentar as especulações sobre um ataque na Venezuela, o que desencoraja companhias aéreas a voarem sobre as terras venezuelanas. O e chamou de a decisão de Donald Trump. “A República Bolivariana da Venezuela repudia veementemente a mensagem pública divulgada hoje [sábado] nas redes sociais pelo presidente dos Estados Unidos, na qual ele tenta aplicar extraterritorialmente a jurisdição ilegítima dos Estados Unidos na Venezuela, ao tentar, sem precedentes, emitir ordens e ameaçar a soberania do espaço aéreo nacional, a integridade territorial, a segurança aeronáutica e a plena soberania do Estado venezuelano”, diz a nota. Na quinta-feira (27/11), Trump já havia declarado que ataques por terra na Venezuela poderiam acontecer em um futuro próximo, como parte da campanha dos EUA contra o tráfico de drogas na região. Contestado por parte da comunidade internacional, Maduro e figuras ligadas ao alto escalão do regime chavista têm sido os principais alvos das ameaças vindas de Washington. Em julho deste ano, o presidente da Venezuela foi apontado como o chefe do cartel de Los Soles pela administração Trump, recentemente classificado como organização terrorista internacional pelos EUA. Mudança que também atingiu outros grupos, e abriu brechas para operações militares norte-americanas em outros países, sob a justificativa do combate ao “narcoterrorismo”.
Por: Metrópoles

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