O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a afirmar nesta 3ª feira (2.set.2025), na saída do velório do jornalista Mino Carta (1933-2025), que está disposto a retomar o perfil conciliador conhecido como “Lulinha paz e amor” caso haja abertura de diálogo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano).
Segundo Lula, o governo brasileiro vai utilizar “todos os mecanismos legais” disponíveis para lidar com os impasses comerciais com os Estados Unidos. Ele citou o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro da Fazenda Fernando Haddad e o chanceler Mauro Vieira como responsáveis pelas articulações.
“A gente vai utilizar todos os mecanismos legais. Eu tenho o Alckmin, tenho o Haddad e tenho Mauro Vieira negociando. Falei outro dia numa entrevista: se o Trump tiver disposto a negociar, o ‘Lulinha paz e amor’ está de volta. Eu nasci na minha vida política negociando, ganhei negociando. Vai ganhar a forma mais responsável e justa possível: você sentar em cima de uma mesa, tirar suas divergências e que vença aquele que ler mais. É só isso que eu quero”, disse Lula.
O presidente destacou ainda a importância de respeitar instâncias internacionais, como a OMC (Organização Mundial do Comércio), em disputas tarifárias. “Ele [Trump] tem direito a criar as taxas, ele tem direito, agora tem regra. Nós temos uma OMC, por isso tem que ser respeitado”, afirmou.
Mais cedo, após o anúncio da morte de Mino Carta, Lula declarou luto oficial de 3 dias em todo o país. O jornalista ítalo-brasileiro, morto aos 91 anos, participou da fundação de alguns dos principais veículos de comunicação do país, como Quatro Rodas, Jornal da Tarde e CartaCapital.
Mino Carta enfrentava problemas de saúde há 1 ano e estava há duas semanas internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A causa da morte não foi divulgada.