• Terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Luiza Trajano critica Selic a 15% e pede mudança em meta de inflação

"Quem está com problema é a pequena e média empresa. Eu já fui pequena. É a pequena empresa que gera emprego", diz Luiza Trajano, do Magalu

A presidente do Conselho de Administração do , Luiza Trajano, , nesta segunda-feira (8/12), o patamar elevado da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 15% ao ano. Em entrevista coletiva antes da inauguração de uma nova loja do Magalu, em , a empresária defendeu o corte de juros no país. As declarações foram dadas na véspera do início da última reunião do ano do do , que começa na terça-feira (9/12) e termina na quarta (10/12). “Pode economista vir me criticar. Eu estou falando isso em todo lugar porque quem está com problema é a pequena e média empresa. Eu já fui pequena. É a pequena empresa que gera emprego e que sofre [com os juros altos]”, afirmou Luiza Trajano. “É porque a colocaram a [meta de] inflação em 3% e ficam buscando isso acima de tudo. Então, aumenta essa meta de inflação para 4%”, defendeu a presidente do Conselho de Administração do Magalu. Leia também Entenda A taxa básica de juros é o principal instrumento do Banco Central (BC) para controlar a . A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Quando o Copom aumenta os juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que se reflete nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Assim, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica. Ao reduzir a Selic, por outro lado, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. No Brasil, a ampla maioria dos analistas do mercado espera a manutenção da Selic – trata-se da mais elevada taxa de juros em quase duas décadas no país. O foco das atenções ficará voltado para o teor do comunicado do Copom, que pode indicar “pistas” sobre as próximas reuniões. Há grande expectativa em torno do corte de juros a partir do ano que vem, e a dúvida é quando isso ocorrerá, se em janeiro ou apenas em março. “Esperamos um sinal” Segundo o , a meta de inflação para este ano é de 3%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%. “Ninguém está esperando que baixem 5% [de uma vez], mas esperamos um sinal, e eu tenho falado em todo lugar que está muito alto”, completou Luiza Trajano. Na mesma entrevista coletiva, o CEO do Magalu, Frederico Trajano, também defendeu o corte da taxa básica de juros no Brasil. Segundo ele, “já passou da hora disso acontecer”. “O corte deveria acontecer em janeiro e encerrar abaixo de 11% no próximo ano”, disse o empresário.
Por: Metrópoles

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