Um relatório técnico do MPC-PB (Ministério Público de Contas do Estado da Paraíba) entendeu na 5ª feira (17.abr.2025) que Alanna Galdino é incompatível ao cargo de conselheira do TCE-PB (Tribunal de Contas da Paraíba) e recomendou que ela devolva R$ 646,9 mil recebidos de 2015 a 2022 –ela atuava na Seplag (Secretaria de Planejamento da Paraíba).
“Há evidência de que a servidora recebeu vencimentos sem o correspondente exercício efetivo de função pública […] Vale registrar que esse tipo de fraude (servidor ‘fantasma’) é considerada extremamente grave pelos órgãos de controle”, afirma o MPC-PB. Leia a íntegra (PDF – 315 kB).
Alanna Galdino foi candidata única ao cargo, indicada pela ALPB (Assembleia Legislativa da Paraíba), cujo presidente é o seu pai, o deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos). Sua candidatura foi a única registrada no período de inscrições, de 10 a 14 de março de 2025.
Leia abaixo a linha do tempo do caso:
Na 4ª feira (23.abr.2025), está previsto o julgamento sobre a nomeação de Alanna Galdino. Na ocasião, o Tribunal de Contas da Paraíba fará uma análise final sobre o caso.
Leia mais sobre o caso:
Alanna Galdino é formada em direito e tem 38 anos.
O cargo de conselheira do TCE-PB ao qual foi nomeada é vitalício. Ela só pode ser afastada em caso de decisão judicial. A aposentadoria compulsória é aos 75 anos e o salário é de R$ 41.845,48, de acordo com a folha de pagamentos do TCE-PB.
O Poder360 entrou em contato com o escritório de advocacia do advogado Solon Benevides, que representa a defesa de Alanna Galdino, para perguntar se gostaria de se manifestar a respeito do caso. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital.