O pedido já havia sido negado em decisão de primeira instância e a decisão foi mantida pelo Tribunal de Justiça.
Condenada inicialmente a uma pena de 39 anos em regime fechado, Suzane obteve a progressão para o aberto em janeiro do ano passado, quando foi solta após cumprir 20 anos de prisão.
De acordo com a Promotoria, Suzane faz terapia semanal com psicóloga particular e, em cumprimento a acórdão do Judiciário, é atendida semanalmente em Centro de Atenção Psicossocial de Bragança Paulista, onde mora atualmente no interior de São Paulo, por uma dupla de psicólogas. No mesmo equipamento, ela passa uma vez por mês por consulta com psiquiatra.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Suzane para comentar a decisão do Tribunal de Justiça.
"O profissional da Secretaria Municipal de Saúde de Bragança Paulista solicitou que o acompanhamento fosse espaçado para cada três meses e o atendimento psicológico, para uma vez por mês", diz o Ministério Público.
Segundo a Promotoria, a Justiça negou o pedido sob o argumento de que ao Juízo da Execução cabe apenas a fiscalização do cumprimento da pena, não sendo possível, assim, a alteração da periodicidade de atendimentos, já determinada anteriormente pelo Tribunal de Justiça.
"Ao negar provimento ao recurso, o Judiciário entendeu não ser caso, por ora, de alteração das condições e período de atendimento psicológico e psiquiátrico já estabelecido em acórdão prolatado no âmbito de recurso anterior da sentenciada", diz o Ministério Público.
A reavaliação judicial pode ser feita a cada seis meses.
No dia 31 de outubro de 2002, aos 18 anos, a então estudante de direito da PUC-SP abriu a porta da casa da família no Brooklin, em São Paulo, para que o namorado e o irmão dele assassinassem a pauladas os seus pais, Manfred e Marísia von Richthofen.
Além de buscar a redução do seu tratamento obrigatório, Suzane está atualmente prestando concurso público para trabalhar como servidora do Tribunal de Justiça. Ela se inscreveu para a função de escrevente técnico judiciário.