Julgamento de Netanyahu por corrupção será retomado em novembro
O israelense também é acusado de suborno, fraude e abuso de confiança
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, terá de comparecer três vezes por semana, a partir de novembro, no julgamento por suposta fraude e corrupção. O anúncio desta terça-feira (12) é do tribunal, que quer avançar com o processo após vários cancelamentos.
Um porta-voz judicial de Israel disse à agência de notícias espanhola EFE que a decisão dos juízes indica que a partir de 2 de novembro o julgamento será retomado em sessões marcadas, todas as semanas, de domingo a quarta-feira.
Acusado de suborno, fraude e abuso de confiança, Netanyahu será ouvido pelo tribunal nesses três desses dias.
No mês passado, o tribunal cancelou várias audiências de Netanyahu depois de o advogado do primeiro-ministro ter alegado problemas de saúde.
Os adiamentos também foram justificados pelos bombardeios israelenses contra a Síria, em julho, após confrontos entre as populações beduína e drusa na cidade síria de As-Suwayda.
No final de junho, os juízes suspenderam as sessões alegando preocupações diplomáticas e por motivos relacionados à "segurança nacional", e depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter pedido a suspensão das audiências.
À época, Trump usou as redes sociais para classificar o processo judicial contra Netanyahu – iniciado em 2020 – como uma "caça às bruxas".
Benjamin Netanyahu é o primeiro chefe de governo da história do Estado de Israel a ser processado no pleno exercício do cargo.
O tema central dos três casos é a forma como Netanyahu fomentou relações, para benefício pessoal e político, com magnatas que tinham influência sobre os principais meios de comunicação social.
Por: Redação