Jovem diagnosticada com ciática descobre tumor raro e grave na coluna
Leah Kalkan, 23 anos, conviveu por dois anos com dores atribuídas à ciática, até descobrir que tinha um câncer agressivo na coluna
A estudante inglesa Leah Kalkan, de 23 anos, passou dois anos em busca de respostas para as fortes dores que sentia nas costas. mas, após viajar por conta própria para outro país em busca de exames mais profundos, ela descobriu ter . Ao ser descoberto, o tumor em sua coluna já tinha mais de 7 cm de diâmetro.
Os sintomas começaram pouco antes de ela completar 18 anos. Quando foi ao médico pela primeira vez reclamar das dores, o profissional de saúde atribuiu os sintomas à dor ciática, condição causada por compressão de nervos lombares que causa dor de intensidade variada, formigamento e dormência nas pernas. Analgésicos usados no tratamento, porém, não aliviaram o desconforto.
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O quadro piorou durante uma viagem à Turquia em 2022, quando a dor se tornou insuportável. De volta ao Reino Unido, Leah seguiu consultando médicos e chegou a chamar a ambulância algumas vezes por estar com crises agudas. Apesar das idas frequentes a hospitais, seguia recebendo diagnósticos inconclusivos relacionados a inflamações lombares.
Em outubro de 2023, um caroço duro e doloroso apareceu na região lombar. O achado levou seu namorado, filho de gregos, a marcar exames particulares para ela na Grécia, que seriam mais baratos que os do Reino Unido. Os resultados mostraram anormalidades, mas o clínico geral inglês se recusou a analisá-los por terem sido feitos fora do país.
Diagnóstico só após exames particulares
Diante da recusa, Leah buscou um neurocirurgião privado, que apontou forte suspeita de tumor. Encaminhada a uma biópsia, ela recebeu em dezembro de 2023 a confirmação: sarcoma de Ewing, câncer raro que pode atingir ossos e tecidos moles.
“Fiquei assustada. Disseram-me que o nódulo era muito sério e que meu câncer era raro e agressivo”, contou Leah ao DailyMail. A jovem lembrou de ter perguntado várias vezes na mesma consulta se seria curada, mas não recebeu resposta definitiva da equipe médica.
O tratamento envolveu 14 ciclos de quimioterapia e 33 sessões de terapia com feixe de prótons. Após meses de tratamento, Leah finalizou os procedimentos em julho de 2024 e pôde retomar os estudos em línguas modernas. Ela agora participa de ações de conscientização e arrecadação de fundos para apoiar jovens em tratamento.
“Eu encorajaria as pessoas a confiar em seus próprios corpos e a continuar voltando aos médicos quando acharem que a resposta dada inicialmente não é suficiente”, disse Leah. Para ela, sinais de câncer em jovens precisam ser melhor reconhecidos pela medicina de atenção primária.
Câncer raro e pouco conhecido
O sarcoma de Ewing é um tumor ósseo maligno grave e raro. Costuma aparecer em crianças e adolescentes, afetando principalmente fêmur e pelve,
Esse tipo de tumor, considerado raro, não tem dados estabelecidos pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) devido à sua baixa incidência no país. Segundo a oncologista Bruna David, médica da Oncoclínicas, o tipo e a complexidade do tratamento costumam depender do local onde o tumor aparece e sua gravidade.
“Em linhas gerais, é um câncer que atinge especialmente ossos e partes moles. Os principais fatores de risco são as doenças genéticas hereditárias, tratamentos de radioterapia na infância e ainda histórico de retinoblastoma, câncer de colo do útero, mama ou linfoma”, conclui a médica.
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Por: Metrópoles