• Segunda-feira, 23 de junho de 2025

Israel x Irã: como os EUA de Trump entraram no coração do conflito

Antes mesmo de o conflito começar, Trump já vinha tentando negociar com o Irã sobre o arsenal nuclear para evitar a guerra com Israel

O desde que assumiu seu segundo mandato, se colocou no posto de grande articulador de conflitos bélicos pelo mundo. Não seria diferente com Irã e Israel. Antes mesmo dos primeiros ataques israelenses, Trump já vinha tentando negociar com o país persa sobre o seu programa nuclear. O , na véspera de o conflito começar, que iria aumentar “significativamente” a produção de urânio enriquecido. A afirmação ocorreu três dias antes da sexta rodada de negociações com os Estados Unidos sobre o programa nuclear iraniano. Em 25 de maio, Trump afirmou que nos “próximos dois dias”. No entanto, as negociações não evoluíram o suficiente, levando Israel a atacar no dia 13 de junho o Irã. Negociações entre Trump e o Irã Desde que assumiu o governo dos EUA, Donald Trump diz que uma das prioridades da sua administração é impedir o avanço do programa nuclear do Irã. Logo nos primeiros dias de seu segundo mandato, o líder norte-americano implementou uma “política de pressão máxima” contra Teerã por meio de novas sanções. Em abril, EUA e Irã iniciaram negociações indiretas sobre um possível acordo nuclear entre os dois países. Ele incluiria o levantamento das sanções de Washington contra Teerã. Os dois lados, no entanto, não chegam a um consenso sobre os termos do acordo. Os EUA colocam o fim do enriquecimento de urânio, por parte do Irã, como condição principal para o pacto. Teerã vê a exigência como inaceitável. EUA e Irã chegaram a firmar um acordo nesse sentido em 2015. Trump, contudo, decidiu abandonar o pacto em 2018. Leia também 17 imagens Israel utiliza Domo de Ferro para tentar anular sequência de mísseis disparados pelo IrãMíssel cruza o céu de HebronTel Aviv, em Israel, é atacada pelo IrãMísseis disparados pelo Irã cruzam o céu de Hebron, em IsraelMísses disparados por Irã iluminam céu de HebronFechar modal. 1 de 17 Explosão após ataque israelense ao depósito de petróleo de Shahran, em 15 de junho de 2025, em Teerã, Irã Stringer/Getty Images 2 de 17 Israel utiliza Domo de Ferro para tentar anular sequência de mísseis disparados pelo Irã Wisam Hashlamoun/Anadolu via Getty Images 3 de 17 Míssel cruza o céu de Hebron Wisam Hashlamoun/Anadolu via Getty Images 4 de 17 Tel Aviv, em Israel, é atacada pelo Irã Mostafa Alkharouf/Anadolu via Getty Images 5 de 17 Mísseis disparados pelo Irã cruzam o céu de Hebron, em Israel Wisam Hashlamoun/Anadolu via Getty Images 6 de 17 Mísses disparados por Irã iluminam céu de Hebron Wisam Hashlamoun/Anadolu via Getty Images 7 de 17 Teerã, capital do Irã Stringer/Getty Images 8 de 17 Um escavador remove os escombros de um prédio residencial que foi destruído no ataque realizado por Israel, em Teerã, no dia 13 de junho de 2025 Majid Saeedi/Getty Images 9 de 17 Explosão após ataque israelense a um prédio usado pela Rede de Notícias da República Islâmica do Irã Stringer/Getty Images 10 de 17 Equipes de resgate e segurança israelenses inspecionam e limpam os prédios e a área atingida por um foguete iraniano no centro de Tel Aviv, Israel Alexi J. 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Israel alega ter atingido avião-tanque. Redes sociais  EUA na guerra É notável que os ataques ocorreram, portanto, em meio à demora nas negociações propostas pelo , que, desde o início de seu governo, afirmou que uma das prioridades de sua administração seria impedir o avanço do programa nuclear do Irã. “Há dois meses, dei ao Irã um ultimato de 60 dias para ‘fechar um acordo’. Eles deveriam ter feito isso! Hoje é o 61º dia. Eu disse a eles o que fazer, mas eles simplesmente não conseguiram. Agora eles têm, talvez, uma segunda chance”, havia alertado o presidente na rede Truth Social. João Miragaya, mestre em história pela Universidade de Tel-Aviv, assessor do Instituto Brasil-Israel e membro do podcast Do Lado Esquerdo do Muro, pontua que “Israel jamais teria realizado uma ofensiva contra o Irã sem o respaldo dos EUA”. Miragaya relata que, diante da entrada dos Estados Unidos na guerra, a depender “da intensidade e dos objetivos traçados em uma possível participação. É pouco provável que o Irã reúna condições militares de resistir por muito tempo às investidas dos EUA”. “Caso o objetivo seja a queda do regime iraniano, o conflito pode ser tornar semelhante aos que os EUA travaram no Iraque e no Afeganistão, cujos resultados não agradam a população hoje em dia”, completou Miragaya.
Por: Metrópoles

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