Ataques de Israel na madrugada deste sábado (4.out.2025) causaram pelo menos 7 mortes em Gaza. A ofensiva se dá depois de o Hamas ter anunciado disponibilidade para negociar o plano de paz.
Em um ataque, um drone atingiu uma tenda em al-Mawasi, no sul de Gaza, e matou duas crianças. As informações são da Al Jazeera.
Segundo a Defesa Civil, dezenas de ataques aéreos do Exército de Israel destruíram pelo menos 20 casas na Cidade de Gaza.
Na 6ª feira (3.out) o Hamas concordou em negociar os termos do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), para encerrar a guerra na Faixa de Gaza.
O grupo disse estar preparado para libertar todos os 48 reféns –só 20 estariam vivos– como parte dos esforços para a criação do Estado palestino e para a saída das tropas israelenses do enclave.
Trump pediu que o governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Likud, direita), interrompesse imediatamente os ataques para possibilitar a libertação dos reféns.
Netanyahu foi pego de surpresa com a postura de Trump. De acordo com a Al Jazeera, a imprensa israelense afirma que o primeiro-ministro ficou “chocado” com o apelo do presidente dos EUA.
A proposta de paz de Trump apresentada na 2ª feira (29.set) culmina na criação do Estado palestino, como pretendido pela população local, por nações árabes e por países ocidentais, que deram um passo adiante durante a 80ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) ao anunciar o reconhecimento do país.
O acordo, no entanto, estabelece dezenas de condições e não determina um prazo para ser concluído. O Hamas não se comprometeu com desarmamento, mas declarou estar pronto para negociar com mediadores. O gabinete de Netanyahu disse que o Exército já prepara a implementação da 1ª fase do plano de Trump, que prevê a libertação dos reféns.
O único prazo citado no acordo é para a libertação de reféns pelo Hamas. Os EUA exigem a soltura de todos os estrangeiros vivos e a entrega dos corpos dos que morreram em cativeiro 72 horas depois do aval oficial do plano de paz pelo governo de Israel. Depois disso, as etapas serão cumpridas mediante aprovação do futuro governo de transição.