• Sábado, 21 de junho de 2025

Irã nunca deveria adquirir armas nucleares, diz Macron

Presidente da França diz ter conversado por telefone com o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, neste sábado (21.jun).

O presidente da França, Emmanuel Macron (Renascimento, centro), conversou por telefone com o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, neste sábado (21.jun.2025). Afirmou que, durante a ligação, expressou profunda preocupação com o programa nuclear do país. 

O líder francês afirmou ainda que está convencido de que existe um caminho para pôr fim à guerra e evitar perigos ainda maiores. Segundo ele, o Irã nunca deve adquirir armas nucleares. 

“Expressei minha profunda preocupação com o programa nuclear iraniano. Aqui, novamente, minha posição é clara: o Irã jamais deve adquirir armas nucleares, e cabe ao Irã fornecer garantias plenas de que suas intenções são pacíficas”, disse o presidente da França em publicação no X. “Para isso, aceleraremos as negociações lideradas pela França e seus parceiros europeus com o Irã”, completou. 

Macron disse ter defendido também a libertação do casal francês Cécile Kohler e Jacques Paris, que estão presos no Irã desde maio de 2022 sob acusações de espionagem. “Sua detenção desumana é injusta. Espero que eles retornem à França”, disse o presidente da França. 

O Irã disse nesta 6ª feira (20.jun.2025) que não negociará sobre seu programa nuclear enquanto estiver sob ataque de Israel. A declaração foi dada pelo ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, em discurso ao Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), em Genebra (Suíça). 

Araqchi viajou à cidade a convite de países europeus para uma rodada diplomática com representantes de Alemanha, França, Reino Unido e União Europeia. O encontro buscou restabelecer o diálogo sobre o programa nuclear iraniano. 

O país persa faz parte do TNP (Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares), diferentemente de Israel. O regime iraniano não confirma nem nega ter armas nucleares. 

Washington e Teerã negociavam um novo acordo nuclear para substituir aquele do qual o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), retirou-se unilateralmente em 2018, em seu 1º mandato.

O pacto original autorizava o Irã a manter até 300 kg de urânio enriquecido a no máximo 3,67% de pureza, limite considerado adequado para fins civis. 

As tensões aumentaram depois de uma série de ataques israelenses contra instalações militares e nucleares iranianas. O conflito começou na noite de 13 de junho, às 3h do horário local –21h de 12 de junho em Brasília. 

Segundo o Estado judeu, foi uma autodefesa antecipada para prevenir a ameaça nuclear. Argumentou que o Irã estaria enriquecendo urânio para desenvolver seu arsenal atômico. 

Depois dos ataques, o aiatolá Ali Khamenei disse que Israel terá “um destino amargo e doloroso”. Em resposta, Teerã lançou mísseis e drones contra território israelense.

Por: Poder360

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