O Parlamento do Irã aprovou nesta 4ª feira (25.jun.2025) um projeto de lei que suspende sua cooperação com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) em resposta aos ataques israelenses de 12 de junho contra instalações nucleares iranianas. O texto ainda precisa da aprovação do Conselho Guardião para entrar em vigor.
A nova lei exige que qualquer futura inspeção da agência receba autorização do Conselho Supremo de Segurança Nacional. O projeto também proíbe a instalação de câmeras de vigilância, inspeções e o envio de relatórios à agência. As informações são da Reuters.
O presidente do Parlamento, Mohammad Baqer Qalibaf, teria acusado o órgão de vigilância da ONU (Organização das Nações Unidas) de omissão diante dos ataques e afirmou que o Irã avançará mais rapidamente com seu programa nuclear pacífico.
Israel justificou os ataques como uma tentativa de conter o desenvolvimento de armas nucleares, acusação que o Irã nega, reiterando o caráter pacífico de seu programa nuclear.
O diretor da AIEA, Rafael Grossi, afirmou que tenta retomar as inspeções, suspensas desde os ataques. O órgão ainda não comentou oficialmente a decisão do Parlamento iraniano.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, disse que a posição do país sobre o programa nuclear e o regime de não proliferação pode mudar, mas ainda é incerto em que direção.
A extensão dos danos causados pelos ataques israelenses e bombardeios norte-americanos a instalações subterrâneas continua sob avaliação.
Leia mais: