A alta representante da UE para as Relações Exteriores, Kaja Kallas, apelou para que “todas as partes” deem “um passo atrás”, regressem à mesa de negociações e evitem uma nova escalada”, depois do bombardeamento, esta madrugada, dos EUA contra as principais instalações nucleares do Irão. O primeiro-ministro britânico, por seu turno, apelou para que o Irã “regresse à mesa das negociações”, sublinhando que “a estabilidade na região é uma prioridade”.“Que conclusões se podem tirar disto?”, respondeu Araqchi aos apelos feitos hoje pela chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, e pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
Legítima defesa
Na resposta dura a estes apelos para voltar à mesa de negociações, o chefe da diplomacia iraniano sustentou ainda: “Como poderia o Irão voltar a algo que nunca abandonou, e muito menos destruiu?” Araghchi disse que os Estados Unidos, membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, cometeram uma grave violação da Carta da ONU, do direito internacional e do TNP ao atacar as instalações nucleares pacíficas do Irã. "Todos os membros da ONU devem estar alarmados com esse comportamento extremamente perigoso, ilegal e criminoso. De acordo com a Carta da ONU e suas disposições que permitem uma resposta legítima em legítima defesa, o Irã reserva todas as opções para defender sua soberania, seus interesses e seu povo", destacou o ministro iraniano.Ataque
O presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou esta madrugada que as forças armadas dos Estados Unidos atacaram três centros nucleares no Irã, incluindo Fordow, juntando-se diretamente a Israel para travar o programa nuclear do país. "Concluímos o nosso bem-sucedido ataque às três instalações nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan", disse Trump numa publicação nas redes sociais. A guerra começou na madrugada de dia 13 de junho, com Israel a lançar uma vasta ofensiva militar contra o país persa, alegadamente para impedir o avanço do programa nuclear iraniano para fins militares. Os ataques dizimaram infraestruturas militares e nucleares do Irão, que tem respondido com ataques de mísseis sobre as principais cidades israelitas, incluindo Tel Aviv e Jerusalém, assim como várias instalações militares espalhadas pelo país. * É proibida a reprodução deste conteúdo. Relacionadas
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