• Sábado, 6 de dezembro de 2025

Infectologista explica a importância de higienizar a garrafinha d’água

Garrafas reutilizáveis acumulam fungos e bactérias em poucas horas. Especialistas explicam quais microrganismos aparecem por lá

— na academia, no escritório ou na escola — pode virar um foco de contaminação se não for higienizada todos os dias. Por ser um recipiente úmido e fechado, ela tem o ambiente ideal para a proliferação de microrganismos que chegam pela boca, pelas mãos ou pelo ambiente. O infectologista Igor Thiago Queiroz, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), alerta: “Quando a gente usa a mesma garrafinha o dia inteiro, sem higienizar, permite , especialmente no local onde colocamos a boca.” Leia também Por que a garrafinha suja representa risco? Com o uso contínuo, saliva, partículas de comida e sujeira trazida pelas mãos começam a se acumular no bico, na tampa e nas paredes internas da garrafa. A microbiologista Fabíola Castro, professora do Centro Universitário de Brasília (Ceub), explica que — estruturas que protegem os microrganismos e tornam a limpeza mais difícil. “A multiplicação é rápida: algumas bactérias se reproduzem a cada 20 minutos, e o biofilme começa a se formar em poucas horas”, alerta. Essas condições permitem que bactérias como Staphylococcus, Streptococcus, Pseudomonas e Escherichia coli se instalem, além de fungos como Aspergillus, Penicillium, Cladosporium e leveduras como Candida. Em pessoas saudáveis, eles podem causar desconfortos gastrointestinais. Em crianças, idosos e imunossuprimidos, os quadros podem durar mais tempo e O infectologista Queiroz destaca que os primeiros sintomas costumam ser dor abdominal, náusea, vômitos e diarreia, pois a via digestiva é a principal porta de entrada. Como os microrganismos chegam ali? As fontes de contaminação são combinadas. O contato direto da boca com o bico da garrafa transfere saliva e bactérias da cavidade oral. Mãos sujas levam microrganismos de superfícies para dentro do frasco. E o ambiente — — adiciona poeira, esporos de fungos e bactérias ambientais. A microbiologista reforça que, quando há contato oral direto, a carga microbiana é ainda maior. O material da garrafa importa? A resposta é sim! Segundo os especialistas, estudos laboratoriais que mostram que o plástico, principalmente o PET, tende a acumular mais microrganismos e formar biofilmes com facilidade. e costumam ser mais resistentes à aderência microbiana, facilitando a limpeza. No entanto, tampas, anéis de vedação e canudos — quase sempre de plástico ou borracha — continuam sendo os pontos mais críticos, independente do material do corpo da garrafa. Foto colorida de garrafinha d'água de cor verde neon - Metrópoles. Vidro e aço inox acumulam menos microrganismos e são mais fáceis de higienizar que o plástico, que forma biofilme com maior facilidade e exige atenção redobrada na limpeza diária Recomendações práticas Lavar diariamente com detergente e escova, desmontando tampas e canudos para alcançar todas as partes. Usar água quente regularmente ou a lava-louças quando o material permitir. Em caso de sujeira visível, deixar de molho em água fervente ou água sanitária. Preferir vidro ou inox se a rotina dificultar a higienização adequada. Substituir peças danificadas ou com manchas persistentes. Com limpeza diária e atenção às partes desmontáveis, a garrafinha volta a ser aliada da hidratação — sem transformar o hábito de beber água em risco para a saúde. Siga a editoria de e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
Por: Metrópoles

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