• Terça-feira, 17 de junho de 2025

Homem só consegue comer 3 alimentos por causa de doença rara. Entenda

Doença rara conhecida como gastroenterite eosinofílica faz que corpo de jovem entenda que os alimentos são uma ameaça ao organismo

Atualmente com 24 anos, Ben Sutter viveu a maior parte da vida sem saber o que era comer uma refeição. chamada gastroenterite eosinofílica (GEE), apenas três alimentos eram considerados seguros para consumo: batata, arroz e milho. Leia também A doença do jovem faz com que o corpo reaja aos alimentos como se fossem ameaças aos organismo. “Você percebe o quanto a sociedade é construída em torno da comida, como em festas de aniversário e eventos. Sempre há algum aspecto que envolve comida, e acho que você só repara quando não consegue participar”, conta Ben, em entrevista à revista People. A GEE sempre limitou a rotina do jovem, que se alimentava exclusivamente de uma bebida hipoalergênica feita de aminoácidos chamada Neocate Splash, comercializada em caixas de suco. Entre os 3 e os 16 anos, sua alimentação era feita através de uma sonda de alimentação que bombeava duas caixas de fórmula a cada meia hora. Até os 20 anos, apenas batata, arroz e milho eram alimentos seguros para ele – desde que feitos com o preparo adequado. Para testar qualquer alimento novo, Ben precisava passar por uma endoscopia digestiva após comê-lo diariamente por um mês, tornando o processo desgastante, física e emocionalmente. O que é GEE? A gastroenterite eosinofílica (GEE) é uma doença inflamatória rara que afeta o trato gastrointestinal, e é caracterizada pela infiltração de eosinófilos nas camadas da parede do estômago ou intestino. A infiltração desse tipo de glóbulo branco causa inflamação. Entre os principais sintomas da condição, estão: dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia e perda de peso. O tratamento da GEE pode incluir restrições dietéticas, medicamentos e, em casos graves, intervenções cirúrgicas. Início do tratamento e novas experiências alimentares Tudo mudou na vida do jovem em 2021, quando ele começou a utilizar o Dupixent, Em apenas um mês de uso, os exames mostraram que a saúde digestiva de Sutter estava bem pela primeira vez em quase 16 anos. Com três meses, os médicos o liberaram para experimentar frutas, carnes e vegetais, exceto frutos do mar e alérgenos, como leite e ovos. 2 imagens Para incluir o homem quando criança, os pais fizeram um bolo de algodão doce para o menino em um de seus aniversários Fechar modal. 1 de 2 Durante boa parte da vida, Ben Sutter usou uma sonda de alimentação Arquivo Pessoal/Ben Sutter 2 de 2 Para incluir o homem quando criança, os pais fizeram um bolo de algodão doce para o menino em um de seus aniversários Arquivo Pessoal/Ben Sutter Mesmo com a alimentação restrita durante grande parte da vida, ele sempre teve uma fascinação com alimentos crocantes. Por isso, sua primeira refeição após a liberação foi uma cenoura baby e aipo – escolhidos pela esposa justamente pela textura atrativa. “Não sou uma pessoa ansiosa e normalmente não fico nervoso, mas estava suando só de olhar para a comida. Eu estava tão nervoso, com tanto medo”, descreve ele. Ele deu uma pequena mordida nos alimentos, mas acabou detestando o gosto, jogando-os fora logo em seguida. O homem ainda percebeu que seu estômago não tinha tanta capacidade para armazenar comida, já que ele ingeria poucas quantidades desde criança. As quantidades e textura ainda são desafios no processo de experimentação de Ben. Atualmente, ele continua provando novas comidas e compartilhando suas experiências nas redes sociais, mostrando seu processo de descoberta alimentar. Siga a editoria de e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
Por: Metrópoles

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