A declaração acontece no mesmo dia em que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou dados que mostram que o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil perdeu força no terceiro trimestre deste ano, com avanço de 0,1% em relação ao segundo trimestre.
Haddad participou na manhã desta terça-feira (5) da transmissão ao vivo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas redes sociais, o Conversa com o Presidente.
A transmissão foi feita de Berlim, na Alemanha. O país europeu é a última parada da viagem internacional que Lula iniciou na semana passada. Ele passou por Arábia Saudita, Qatar e Emirados Árabes Unidos, onde participou da COP 28.
"Nós atingimos uma taxa de juros muito elevada em julho, um patamar mais alto de taxa de juro, e o Banco Central começou a cortar taxa de juros a partir de agosto. Então quero crer que, com as medidas que estamos tomando no Congresso, com o Congresso aprovando as medidas que estamos encaminhando, inclusive a Reforma Tributária, que vai ser a primeira feita em regime democrático e a mais ampla da nossa história, mais as leis e medidas provisórias que encaminhamos, o brasileiro pode esperar uma economia cada vez mais forte", completou.
O resultado divulgado pelo IBGE nesta terça-feira (5) ficou acima da mediana das estimativas do mercado financeiro. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam baixa de 0,3% no período.
O resultado do terceiro trimestre vem após a atividade econômica registrar desempenho acima do esperado na primeira metade de 2023. O PIB havia sido impulsionado pela agropecuária no primeiro trimestre e por parte dos serviços e da indústria no segundo.
De julho a setembro, o Brasil ainda registrou sinais positivos no mercado de trabalho, de acordo com dados do próprio IBGE. A geração de vagas de emprego formal e o aumento da renda média e da massa salarial foram vistos por analistas como fatores de estímulo para o consumo de bens e serviços.
No acumulado de 2023, a projeção do mercado financeiro é de crescimento de 2,84% para o indicador, conforme a mediana da edição mais recente do boletim Focus, divulgada pelo BC na segunda-feira (4) -ou seja, antes da publicação dos dados do PIB de julho a setembro. A estimativa para 2024 é de avanço menor, de 1,5%.