• Terça-feira, 28 de outubro de 2025

H9N2: menor cepa do vírus da gripe aviária preocupa cientistas

Estudo mostra que o vírus H9N2, comum em aves, vem se adaptando a células humanas. Cientistas pedem por vigilância global

— vem despertando a atenção de pesquisadores em todo o mundo. Embora historicamente considerada inofensiva, essa variante do vírus influenza tem mostrado sinais de adaptação a células humanas, o que levanta preocupações sobre um possível salto entre espécies. A constatação foi publicada na revista científica, nessa segunda-feira (27/10). Os cientistas alertam que o , especialmente na Ásia, e raramente causa mortes. No entanto, análises recentes indicam que o vírus passou a adquirir mutações que permitem se ligar aos mesmos receptores presentes nas vias respiratórias humanas. Essa capacidade sugere um avanço evolutivo — ainda inicial — em direção à infecção de pessoas. Apesar dessa descoberta, não há registro de transmissão entre humanos, e o risco de pandemia continua baixo. O estudo reforça, porém, que de perto, já que os vírus dessa categoria tendem a evoluir de forma imprevisível. Leia também Por que o H9N2 preocupa O subtipo , muitas vezes sem sintomas visíveis. Isso o torna difícil de detectar e, consequentemente, subnotificado em sistemas de vigilância sanitária. A circulação silenciosa cria um ambiente ideal para o surgimento de novas mutações, especialmente quando há contato frequente entre humanos e aves em mercados e criações rurais. Segundo os autores da pesquisa, essa baixa percepção de risco é perigosa. —, o H9N2 não chama tanta atenção, mas pode atuar como uma “ponte genética” entre vírus de aves e humanos, contribuindo para a formação de novas linhagens mais transmissíveis. Os autores do novo estudo destacam que o momento é de reforçar a vigilância e o sequenciamento genético em aves e pessoas expostas a elas. Eles defendem a ampliação da coleta de dados em regiões onde o vírus é endêmico, como China, Oriente Médio e partes da África, para identificar rapidamente mutações que indiquem maior adaptação humana. O estudo também sugere que para monitoramento, já que há indícios de que ele pode recombinar-se com outros vírus influenza, aumentando o potencial de infecção cruzada. Risco ainda é baixo, mas não deve ser ignorado Os autores enfatizam que o risco imediato para a população não é motivo de alarme, mas sim de atenção. O foco deve estar na prevenção: acompanhar mutações, testar amostras e reduzir o contato direto com aves vivas em ambientes urbanos e rurais. Para os cientistas, a lição é clara: vírus silenciosos também merecem grande vigilância. Subtipos como o H9N2, discretos e persistentes, podem ser a origem de futuras epidemias se continuarem a evoluir sem controle. Siga a editoria de e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
Por: Metrópoles

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