• Sexta-feira, 14 de março de 2025

Guerra comercial de Trump favorece o agronegócio brasileiro, diz empresa de grãos SLC

Pavinato estimou que a China importará 80 milhões de toneladas de soja do Brasil e 21 milhões de toneladas dos EUA este ano.

Pavinato estimou que a China importará 80 milhões de toneladas de soja do Brasil e 21 milhões de toneladas dos EUA este ano. A guerra comercial iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , que levou países como a China a retaliar tarifas implementadas por seu governo, é favorável ao Brasil, disse o CEO da empresa de agronegócio SLC Agricola (SLCE3.SA) disse na quinta-feira. “A guerra comercial continua beneficiando a agricultura brasileira e o Brasil como um fornecedor seguro para clientes que demandam alimentos”, disse Aurélio Pavinato em uma teleconferência com analistas após os resultados do quarto trimestre da empresa.
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    A SLC é uma das maiores produtoras de grãos e algodão do Brasil. O lado positivo da economia número 1 da América Latina estaria ligado à forte demanda da China , o maior importador de soja do mundo, já que a dependência do país asiático da soja dos EUA “diminuiu muito” desde a guerra comercial anterior de 2018-2019, disse Pavinato. Na semana passada, a China retaliou rapidamente às novas taxas dos EUA anunciadas por Trump, impondo aumentos de 10% e 15% em impostos que cobrem US$ 21 bilhões em produtos agrícolas americanos, incluindo carne e soja. Pavinato estimou que a China importará 80 milhões de toneladas de soja do Brasil e 21 milhões de toneladas dos EUA este ano. A guerra comercial já está fortalecendo os prêmios da soja brasileira em relação aos preços de referência de Chicago, disse ele, acrescentando que eles têm potencial para subir 10% — precisamente a tarifa aplicada pela China à soja dos EUA. Pavinato observou que a China também reduziu sua dependência do milho dos EUA e que o Brasil em breve poderá atender toda a demanda de importação de algodão da China. A questão-chave, disse ele, era se haveria um novo acordo entre a China e os EUA sobre produtos agrícolas, já que na guerra comercial anterior as duas superpotências conseguiram chegar a um acordo. Um acordo como o visto no primeiro governo Trump pode não ser benéfico para o Brasil, pois pode levar a China a importar mais dos EUA “Mas não acreditamos que isso vá acontecer”, disse Pavinato. “Pode haver um acordo, mas a agricultura não seria seu pilar. A guerra comercial de 2025 parece muito mais geopolítica do que comercial.” Reportagem de Roberto Samora; Redação de Isabel Teles; Edição de Gabriel Araujo e Rod Nickel Fonte: Reuters VEJA TAMBÉM:
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  • ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.
    Por: Redação

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