O governo de Donald Trump (Partido Republicano) impôs nesta 3ª feira (30.dez.2025) sanções contra 10 pessoas e diversas empresas do Irã e da Venezuela.
Segundo Washington, a medida visa a interromper o comércio de drones militares do Oriente Médio para a América Latina e o desenvolvimento do programa de mísseis balísticos iranianos.
O anúncio se deu um dia depois de Trump afirmar, em encontro com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Likud, direita), que os EUA podem realizar novos ataques militares caso Teerã tente reconstruir seu programa nuclear. Irã e Venezuela já eram alvo de inúmeras outras sanções norte-americanas.
De acordo com o Departamento do Tesouro dos EUA, a ação bloqueia bens dos alvos em território norte-americano e proíbe que cidadãos ou empresas do país realizem operações financeiras com os sancionados. Entre os alvos estão:
Os EUA afirmam que o fornecimento de armas para a Venezuela ameaça os interesses norte-americanos na América Latina. Os norte-americanos têm realizado ataques a barcos no mar do Caribe e no Pacífico desde setembro, sob justificativa de combater o narcotráfico. Na 2ª feira (29.dez), Trump realizou o 1º ataque terrestre em solo venezuelano. Disse que destruiu uma instalação usada por narcotraficantes.
Desde fevereiro de 2025, Trump retomou a estratégia de “pressão máxima” contra o regime iraniano. O subsecretário do Tesouro, John K. Hurley, declarou que o objetivo é impedir que o complexo militar iraniano tenha acesso ao sistema financeiro global.
O cenário regional segue instável depois do conflito de junho de 2025, quando forças lideradas pelos EUA bombardearam 3 instalações de enriquecimento nuclear do Irã. A ofensiva foi resposta a confrontos abertos entre Israel e Irã iniciados por ataques israelenses a estruturas militares de Teerã.
O Departamento de Estado dos EUA sustenta que o Irã continua violando restrições impostas pelas Nações Unidas. Por outro lado, Teerã reafirma há anos que suas pesquisas nucleares possuem apenas finalidades pacíficas.





