O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD) disse nesta 6ª feira (10.out.2025) que o governo federal pretende realizar, no início de 2026, o 1º leilão exclusivo de baterias de armazenamento de energia elétrica do país. A demanda prevista é de 2 GW (gigawatts). Para ele, o remate resolveria um “grande desafio do mundo”, que são os gargalos de infraestrutura para armazenamento de energia.
“Equilibrar as energias firmes com as intermitentes é o grande desafio do mundo hoje e nós vamos resolver isso, em parceria com os órgãos de controle, com o TCU (Tribunal de Contas da União), com a CGU (Controladoria-Geral da União) trazendo as baterias”, disse a jornalistas depois do Fórum Internacional Esfera 2025, em Belém (PA).
O objetivo do leilão é contratar projetos de armazenamento de energia elétrica em larga escala. Essas baterias permitem armazenar energia gerada por fontes intermitentes, como solar e eólica, e liberá-la em momentos de alta demanda, ajudando a equilibrar o SIN (Sistema Interligado Nacional).
Na prática, o modelo é semelhante aos leilões de reserva de capacidade já existentes, mas voltado exclusivamente para tecnologias de armazenamento.
Os contratos deverão garantir que as empresas vencedoras instalem, operem e mantenham sistemas de baterias que possam ser despachados pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) em períodos críticos.
A expansão de fontes renováveis, como solar e eólica, tem trazido desafios de intermitência –quando a geração depende das condições climáticas.
As baterias são vistas como alternativa para a estabilidade do sistema elétrico, reduzindo a necessidade de acionamento de usinas térmicas e ampliando a segurança energética.